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sábado, 21/09/24
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Dólar cai com esperança de estímulos nos Estados Unidos

Mercado local segue incerto sobre possibilidade de governo estender auxílio emergencial

Dólar: moeda perdia terreno contra o real nesta quinta-feira (Gary Cameron/Reuters)

 

O dólar se desvaloriza contra o real nos primeiros negócios desta quinta-feira, 8. O movimento acompanha a queda da moeda americana contra as principais divisas emergentes, com o maior apetite ao risco por parte dos investidores. No mercado internacional, o bom humor se deve à possibilidade de que algum estímulo econômico seja aprovado nos Estados Unidos, mesmo que pequeno.

As esperanças sobre incentivos fiscais cresceram ainda na véspera, quando a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, sinalizou que estaria disposta a aceita um pacote de auxílio às companhias aéreas. O estímulo ao setor foi um pedido do presidente Donald Trump, que voltou atrás sobre a decisão de impedir que sua equipe continuasse as conversas sobre o tema.

Segundo o chefe de gabinete de Nancy Pelosi, Drew Hammill, a deputada e o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, negociaram durante 20 minutos sobre os estímulos às áreas, mas não chegaram a um acordo definitivo. Ainda de acordo com Hammil, as conversas devem continuar nesta quinta.

No radar dos investidores também estão os dados semanais de pedidos de desemprego, que ficaram levemente piores que o esperado, em 840.000 ante a expectativa de 820.000. Como os números da semana anterior foram revisados de 837.000 para 849.000, os dados desta semana foram os melhores desde o início dos impactos da pandemia no mercado de trabalho americano.

Os investidores também repercutem a decisão do presidente Donald Trump não participar de um possível debate presidência virtual. “Eu não vou perder meu tempo com um debate virtual”, afirmou em entrevista à Fox News. Recentemente, Trump foi diagnosticado com coronavírus, o que impede um encontro presencial.

No cenário interno, os investidores seguem preocupados com a questão fiscal, após a possibilidade de o auxílio emergencial ser estendido para até junho do ano que vem. A informação foi negada pelo ministro Paulo Guedes, mas a dúvida permanece entre os investidores. “O mercado não é bobo. Sabe que onde há fumaça, há fogo”, afirma Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laartus.

 

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