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sábado, 21/09/24
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Dólar cai com otimismo sobre pacote de estímulo americano

Após adiar prazo final para acordo, Nancy Pelosi e Steven Mnuchin retomam negociação nesta quarta

Dólar é negociado abaixo de R$ 5,60 nos primeiros negócios do dia (Yuji Sakai/Getty Images)

O dólar cai contra o real nos primeiros negócios desta quarta-feira, 21, acompanhando a desvalorização global da moeda americana. No mercado, investidores do mundo inteiro aguardam com otimismo um possível acordo sobre o pacote de estímulo americano. Às 9h25, o dólar comercial caía 0,5% e era vendido a 5,583 reais.

Embora tenha dado até terça-feira, para o fim das negociações, a presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, voltou atrás sobre o prazo, alegando que o processo legislativo “leva muito tempo”. Nesta quarta, Pelosi irá retomar as conversas com o secretário do Tesouro Steven Mnuchin.

Ainda que não tenham chegado a uma definição sobre o pacote, o mercado segue animado com a possibilidade de o pacote econômico sair antes das eleições americanas. “Eles não vão deixar de fazer. Tanto que se tivesse esperança de que não fizessem, o mercado estaria muito ruim lá fora”, comenta Vanei Nagem.

O índice Dxy, que mede o desempenho do dólar perante seus pares desenvolvidos recua mais 0,3% e caminha para o quarto dia de queda. Contra as principais moedas emergentes, o dólar também é negociado com desvalorização. Entre elas, o real é uma das que mais se desvalorizam.

Além do andamento das negociações sobre o pacote americano, o mercado interno está atento às movimentações de Brasil. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que tem pressa para colocar em pauta medidas de corte de gastos. Segundo ele, a crise “está muito mais perto, o prazo é curto e não se tomou a decisão até agora do que fazer”.

O corte de gastos seria a solução encontrada para viabilizar o programa assistencialista Renda Cidadã, que deve voltar a ser discutido após as eleições municipais.

“O cenário interno deu uma apaziguada. Como os políticos vão empurrar tudo para depois das eleições, fica praticamente sem notícia [política] ruim. A tendência é o dólar recuar um pouco pela falta de notícia”, comenta Nagem.

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