China impõe sanção a autoridades americanas em retaliação contra interferência dos EUA em Hong Kong
Dólar oscila sem direção definida contra o real na tarde desta segunda-feira, 10, com os investidores repercutindo o auxílio emergencial assinado pelo presidente Donald Trump no fim de semana e as tensões entre China e Estados Unidos, que ganharam novo fôlego, após Pequim impor sanções a 11 funcionários americanos, incluindo os senadores republicanos Ted Cruz e Marco Rubio. Às 13h10, o dólar comercial subia 0,1% e era vendido por 5,42 reais. No mercado futuro, a moeda americana se desvaloriza 0,4%. O dólar turismo, com menor liquidez, recua 0,2%, cotado a 5,71 reais.
“A China decidiu impor sanções a algumas pessoas que se comportaram mal em questões relacionadas com Hong Kong”, afirmou Zhao Lijian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros. A retaliação chinesa ocorre após os EUA adotarem medida semelhante contra autoridades de Hong Kong. Também no fim de semana, o secretário de Saúde dos EUA visitou Taiwan em viajem condenada pela China, que considera a ilha uma província rebelde
Por outro lado, o decreto de Donald Trump que estende o auxílio emergencial para desempregados injetou algum ânimo, após democratas e republicanos não chegarem ao acordo sobre o pacote de estímulo.
No cenário interno, o mercado também comemora as últimas declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, favoráveis à manutenção do teto de gastos. “Não dá para usar um projeto, uma PEC, pelo menos na Câmara, para burlar o teto de gastos. Se o governo tiver essa intenção, eu discordo e vou trabalhar contra”, afirmou Maia em entrevista ao Estado de S. Paulo.
“Essas declarações ajudam, mas também pode estar ocorrendo alguma realização de lucros, tendo em vista que o dólar subiu muito na sexta-feira”, disse Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos.