Pedidos semanais de seguro desemprego ficam abaixo do esperado, mas mercado mantém dúvida sobre recuperação da economia americana
O dólar oscila sem direção definida na tarde desta quinta-feira, com o avanço dos casos de coronavírus nos Estados Unidos impondo doses de cautela no mercado financeiro.
Às 14h30, o dólar comercial subia 0,1%, sendo vendido por 5,352 reais. O dólar turismo também se mantinha com variação inalterada, cotado a 5,64 reais.
Na véspera, o país voltou a registrar novo recorde de diário com mais de 60.000 infectados. De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, já são mais de 3 milhões de infectados no país. Autoridades do Federal Reserve vêm reforçando a visão de que a maior economia do mundo não vai apresentar forte recuperação sem que a doença tenha sido controlada.
Apesar do tom mais pessimista que se desenha no mercado de câmbio, a moeda americana passou a manhã inteira em terreno negativo contra o real, refletindo os pedidos semanais de auxílio desemprego dos EUA, que vieram abaixo do esperado. De acordo com o Departamento de Trabalhos dos Estados Unidos, foram feitos 1,314 milhão de pedidos de seguro desemprego na última semana.
Embora ainda alto em relação aos números pré-pandemia, a quantidade confirmou a tendência de queda e ficou abaixo dos 1,375 milhão de pedidos projetados por economistas. O dado publicado na semana passada também foi revisado para de baixo, de 1,427 milhão para 1,413 milhão de pedidos.
Desde o início da pandemia, o dado tem servido como um termômetro de curto prazo para avaliar os impactos da doença na economia. O número vem caindo de forma constante desde meados de abril, quando atingiu o pico de 6,648 milhões de pedidos em apenas uma semana.
Logo após a divulgação do resultado, o dólar passou a perder força contra as principais moedas emergentes, como o peso mexicano e o rublo russo. Porém, o peso mexicano também virou para alta, acompanhando o movimento do real, da lira turca e da rúpia indiana