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segunda-feira, 23/12/24
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Dólar recua após BC falar em de subir juros caso furem de teto de gastos

Apesar de valorização do real, clima no mercado é de tensão após Trump afirmar que está com coronavírus

Dólar recua contra o real na contramão de movimento externo (Dado Ruvic/Reuters)

O dólar recua nos primeiros negócios desta sexta-feira, 2, após o encerrar na máxima desde maio no pregão anterior. Parte do movimento é justificado pela recente declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que disse que, caso o governo fure o teto de gastos, seria o fim da política de não subir juros, segundo a Reuters. Às 9h32, o dólar comercial caía 0,51% e era negociado a 5,625 na venda.

Apesar da desvalorização da moeda americana contra o real, o clima no mercado é de tensão, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump afirmar que está com coronavírus. Já o relatório de empregos (payroll) americano de setembro veio misto, causando pouco impacto sobre os negócios.

“A moeda só não está caindo mais devido ao movimento de aversão ao risco devido ao coronavírus do Trump”, afirma Fernanda Consorte, economista-chefe do banco Ourinvest.

Com a alta dos juros, a moeda local tenderia a se valorizar, com os rendimentos em renda fixa tornando-se mais atrativos para investidores estrangeiros, e consequentemente, aumentando a entrada de dólares no país.

“Quando o dólar sobe muito no cenário local [como ocorreu na quinta], sempre tem uma realização de lucros, mas o cenário ainda está bem negativo”, comenta Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos.

Divulgado ainda de madrugada pelo twitter do presidente Trump, o resultado do teste de coronavírus, que deu positivo, segundo ele, causou reação imediata no mercado financeiro global, com o índice americano S&P 500 futuros aprofundando as perdas. No mercado de câmbio, o índice Dxy, que mede o desempenho do dólar contra pares desenvolvidos bateu a máxima dos últimos cinco dias. Perante moedas emergentes, o movimento do dólar também é de alta.

Nesta manhã, o relatório de empregos não-agrícolas ficou abaixo do esperado, apontando para a criação de 661.000 empregos nos Estados Unidos ante expectativa de 850.000 novos postos. Por outro lado, o relatório de empregos privados superou as estimativas, ficando em 877.000, o que contribuiu para a redução da taxa de desemprego de americana 8,4% para 7,9%.

 

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