Retomada das ações de tecnologia nos Estados Unidos traz alívio e enfraquece dólar no mundo
O dólar recua contra o real nesta quarta-feira, 9. O movimento reflete o bom humor no mercado internacional, com as ações das principais companhias de tecnologia se recuperando após terem registrados perdas significativas nos últimos três pregões. Às 9h50, o dólar comercial caía 0,8% e era vendido por 5,321 reais.
“Os investidores estão indo em busca de pechinchas, o que está proporcionando um mercado acionário em alta. Isso ajuda as moedas emergentes, que se fortalecem contra o dólar”, afirma Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti.
A moeda americana também se desvaloriza contra o rublo russo, o peso mexicano e o rand sul-africano, que se valoriza mais de 1%. O Dxy, que mede o desempenho do dólar perante seus pares desenvolvidos, fica próximo da estabilidade.
No cenário interno, as atenções dos investidores se voltaram para o do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, divulgado nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número veio levemente acima das expectativas, apontando para alta anual de 2,44% ante projeções medianas de 2,42%.
Os índices de inflação começaram a ganhar mais relevância no mercado, tendo em vista a alta expressiva de 3,87% do IGP-DI de agosto. “A inflação está aí. E com a inflação voltando não dá mais para cair os juros. Tem que subir para conter a inflação, o que seria favorável para o câmbio”, comenta Ruik.
A queda da taxa básica de juros Selic é tida como uma das razões para a alta do dólar no ano, tendo em vista que a os rendimentos dos títulos brasileiros se tornaram menos atrativos, minando a entrada de capital estrangeiro para o país.