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domingo, 22/09/24
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Dólar sobe com tensão comercial entre Europa e EUA e medo de 2ª onda

Governo americano pretende impor 3,1 bilhões de dólares de tarifas sobre produtos europeus

Dólar: moeda americana se fortalece com maior aversão a risco (JamieB/Getty Images)

O dólar sobe frente ao real, nesta quarta-feira, 24, em linha com a apreciação da moeda americana no mundo. O movimento de aversão a risco reflete os temores de que uma possível segunda onda de contaminação desacelere a recuperação econômica. Os investidores também repercutem a notícia da Bloomberg que afirma que os Estados Unidos se preparam para impor novas tarifas de 3,1 bilhões de dólares sobre produtos europeus.

Às 11h, o dólar comercial subia 1,6% e era vendido por 5,237 reais, enquanto o dólar turismo avançava 1,8%, cotado a 5,53 reais.

A tensão comercial entre EUA e países europeus ocorre um dia após a confirmação de que o acordo comercial com a China permanece “intacto” ter provocado reações positivas no mercado. Dessa vez, os investidores se preparam para o que pode ser apenas o início de longas negociações. Na Europa, as bolsas caem, enquanto o euro se desvaloriza contra o dólar.

Segundo a Bloomberg, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, pretende impor novas tarifas sobre uma série de produtos, como cerveja, azeitonas e derivados, gin e vodka.

“Caso os Estados Unidos concretizem este plano, diversas empresas do bloco e do Reino Unido sofrerão perdas expressivas – movimento que deverá levar autoridades da União Europeia a reagirem”, avaliam analistas da Guide Investimentos em relatório.

Os temores de uma segunda onda de coronavírus também emergem conforme aumentam os números de infectados em países que afrouxaram suas quarentenas. Na Alemanha, dois distritos retomaram o lockdown, após novo surto da doença em fábrica de processamento de carne.

Nos Estados Unidos, onde a reabertura foi feita sem que alguns estados sequer tivessem passado pelo pico da pandemia, milhares de novos casos têm sido reportados diariamente.

No radar dos investidores também estão os dados dos investimento estrangeiro direto no Brasil de maio, que superou as estimativas de 1,65 bilhão de dólares, ficando em 2,55 bilhões de dólares. Logo após a divulgação, às 9h30, o dólar chegou a perder um pouco de força contra o real, mas logo voltou a se valorizar.

Entre as principais divisas emergentes do mundo, o real é a que mais se desvaloriza, apesar de outras moedas, como o peso mexicano, a lira turca e rúpia indicana também se depreciarem frente ao real. Segundo analistas, o movimento se deve graças à alta volatilidade da moeda brasileira.

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