19.5 C
Brasília
quinta-feira, 14/11/24
HomeEconomiaDólar sobe, mas caminha para fechar em queda pela 2ª semana seguida

Dólar sobe, mas caminha para fechar em queda pela 2ª semana seguida

Pacote de 750 bilhões de euros da União Europeia é visto como gatilho para desvalorização global da moeda americana

Dólar: na véspera, o dólar à vista havia registrado queda de 0,26%, a 5,1591 reais na venda (Pixabay/Reprodução)

O dólar avança contra o real, nesta sexta-feira, 31, acompanhando o movimento de alta da moeda americana contra divisas emergentes. Às 9h50, o dólar comercial subia 0,4% e era vendido por 5,181 reais. O dólar turismo, com menor liquidez, avançava 0,6%, vendido a 5,47 reais.

No mercado, é esperado um dia de maior volatilidade e volume no câmbio tendo em vista a “briga da Ptax” de fim de mês, referência para contratos cambiais.

“Hoje é encerramento de contratos futuro de dólar. Então tem a briga da Ptax em que os comprados pressionam a taxa para cima e os vendido para baixo. Costuma ser um dia em que o dólar apresenta algumas distorções de preço”, afirmou Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.

Apesar de se valorizar nos primeiros negócios do dia, o dólar caminha para fechar em queda pela segunda semana consecutiva. “O pacote da União Europeia de 750 bilhões de euros derrubou o dólar no mundo inteiro, inclusive em países emergentes. Não é o real que está ficando forte, é o dólar que está ficando fraco”, disse Pablo Spyer, diretor de operações da Mirae Asset.

O índice Dxy, que mede o desempenho da moeda americana contra uma cesta de divisas fortes, como o euro, a libra esterlina e o iene, cai 0,10% e marca 92,94 pontos, próximo das mínimas desde 2018.  O euro, que fechou, na véspera, acima dos 1,18 dólares pela primeira vez em dois anos, apresenta leve desvalorização perante o dólar.

De modo geral, o clima no mercado é positivo, com os investidores otimistas com a temporada de balanços, após resultados de algumas das maiores empresas de tecnologia dos EUA surpreenderem positivamente. Na agenda econômica, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial de julho da China ficou levemente acima do esperado, em 51,1 pontos, acima dos 50 pontos que delimitam a contração da expansão da atividade. Na Zona do Euro, o PIB do segundo trimestre teve queda de 12,1%, ficando pior do que o consenso de contração de 11,2%. Porém, os efeitos do PIB europeu foram limitados. “O mercado já esperava que viria ruim, até porque ontem o PIB da Alemanha também veio fraco”, comentou Laatus.

Mais acessados