Com chuvas acima da média, racionamento e redução do consumo, o Cantareira dobrou a quantidade de água armazenada no sistema nos últimos dois meses, período em que não houve registro de queda. O nível do manancial subiu pela 33º vez consecutiva, de acordo com relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta segunda-feira, 4. O Sistema Rio Grande foi o único a sofrer redução na água represada.
Considerado o manancial mais importante de São Paulo, o Cantareira opera com 31,2% da capacidade, segundo índice que considera o volume morto como volume útil do sistema. Em comparação ao dia anterior, quando o nível estava em 30,8%, os reservatórios subiram 0,4 ponto porcentual.
A sequência positiva do Cantareira começou há pouco mais de dois meses. A última queda registrada foi no dia 22 de outubro, ocasião em que o manancial desceu de 15,7% para 15,6%. Nesta segunda, no entanto, o Cantareira armazena o dobro da quantidade de água, com cerca de 306,2 bilhões de litros represados, de acordo com a Sabesp.
Apesar dos aumentos consecutivos, a situação do Cantareira ainda é crítica. Segundo o índice que considera a reserva profunda como volume negativo do sistema, o Cantareira está com apenas 1,9% da capacidade, contra 1,5% no dia anterior.
O novo aumento aconteceu após registro de 4,9 milímetros de chuva na região. Já a pluviometria acumulada nesta primeira semana do ano está em 36,6 mm – ligeiramente acima do valor esperado caso a média histórica de janeiro, de 8,5 mm por dia, estivesse se repetindo.
Outros mananciais
Atual responsável por abastecer o maior número de clientes da Sabesp, o Guarapiranga subiu pelo segundo dia e opera com 85,9%. A alta registrada no sistema foi de um ponto porcentual. No dia anterior, os reservatórios estavam com 84,9% da capacidade.
Em crise e operando com um volume morto, o Alto Tietê subiu 0,4 ponto porcentual e está com 24,8%, ante 24,4% no domingo. A pluviometria do dia na região foi de apenas 0,5 mm.
Os sistemas Rio Claro e Alto Cotia subiram 0,3 e 0,8 ponto, respectivamente, e operam com 74,5% e 89,2%. Já o Rio Grande sofreu queda de 0,2 ponto porcentual e está com 93,8% da capacidade.