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quinta-feira, 12/12/24
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Em artigo no ‘NYT’, Obama diz que só vai apoiar candidato que defenda controle na venda de armas

Em sua ofensiva pela restrição da comercialização de armas, o presidente também deu uma entrevista à ‘CNN’ e ressaltou que defende o direito de porte, mas cobrou ‘bom senso’

Barack Obama está em campanha pela restrição da venda de armas de fogo
Barack Obama está em campanha pela restrição da venda de armas de fogo. (VEJA.com/Reuters)

 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou nesta quinta-feira que as medidas executivas propostas na terça para controlar a venda de armas vise restringir o direito dos cidadãos de se armar, mas procuram reduzir a violência. Obama, em sua ofensiva para impor mais controles à venda de armas, publicou um artigo nesta quinta quinta-feira no site do principal jornal do país, o New York Times. Em seu texto, que também foi reproduzido na versão impressa do jornal que chegou às bancas nesta sexta, o presidente afirma que só apoiará um candidato democrata que defenda maior controle na comercialização de armamentos.

“Eu não farei campanha, nem darei meu voto ou apoio a nenhum candidato, mesmo do meu partido, que não apoie uma reforma de bom senso para o uso de armas”, escreveu o presidente em seu artigo. “E, se os 90% de americanos que apoiam essas reformas de bom senso se juntarem a mim, nós elegeremos a liderança que merecemos”. Também nesta quinta, Obama deu uma entrevista à rede CNN sobre o assunto e voltou a afirmar que defende o direito constitucional dos cidadãos portarem armas. “O que tenho dito consistentemente ao longo da minha presidência é que respeito a Segunda Emenda da Constituição. Respeito o direito de posse de armas. Respeito as pessoas que querem uma arma para sua proteção pessoal, caça ou esporte”, disse.

 

“Mas todos devem concordar que há sentido em fazer o possível para manter as armas fora do alcance de pessoas que querem provocar danos aos outros e a si mesmos”, declarou o presidente no programa transmitido ao vivo da universidade George Mason, em Fairfax, no Estado da Virgínia. Ao lado de vítimas e familiares de pessoas mortas em tiroteios, mas também diante de representantes do comércio de armas, Obama defendeu medidas de “bom senso” para aumentar o controle sob a venda de armas.

“Não vamos eliminar a violência com armas, mas podemos reduzi-la”, assinalou o presidente, lembrando que 30.000 pessoas morrem anualmente no país por causa das armas, incluindo 3.000 suicidas. O pacote de medidas do governo determina a verificação de antecedentes criminais na compra de armamento através de grupos, sociedades ou organizações locais, e inclui o aumento substancial do pessoal especializado que ficará encarregado de checar os antecedentes. Também determina a checagem de antecedentes criminais de vendedores de armas de fogo – um requisito para obter uma licença – não só para aqueles que operam em um espaço físico, mas também para os que o fazem pela internet ou nas feiras de armamentos montadas em centros comerciais.

O governo propõe ainda aumentar a ajuda a pessoas que sofrem de transtornos mentais graves e incentivar o desenvolvimento de tecnologias para aumentar a segurança das armas de fogo. O poderoso grupo de pressão americano das armas, o National Rifle Association (NRA), negou-se a participar do programa organizado pela CNN.

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