O chatbot conta com o programa de inteligêcia artificial da Valyant AI e foi programado para falar em uma voz de uma mulher amigável e gentil, que nunca se estressa.
Depois de ter passado por centenas de testes, o chatbot criado por Carpenter finalmente começou a atuar em uma rede de fast food na cidade de Denver, no estado do Colorado (EUA). Ele já está anotando os pedidos dos clientes e passando para outras áreas, como a cozinha, que ainda é controlada por humanos. Por enquanto, quando surge algum erro do programa, uma pessoa aparece para consertar, mas se espera que daqui algum tempo a assistente consiga atuar sozinha.
O chatbot conta com o programa de inteligêcia artificial da Valyant AI e foi programado para falar em uma voz de uma mulher amigável e gentil, que nunca se estressa. A Valyant AI fala frases como “Oi, eu sou seu atendente automatico. Tome seu tempo e peça quando estiver pronto!”. Além de conseguir discutir sobre pontos específicos do pedido.
É possível que a inteligência artificial seja uma solução para o trabalho exaustivo que é ficar em uma cabine de drive-through. Muitas vezes recebendo um salário mínimo, esses atendentes passam por muito estresse e são suscetíveis a ações externas.
Nesse ponto está a defesa de Carpenter para quem o acusa de tirar trabalho de algumas pessoas. “É realmente projetado para ajudar os funcionários ”, disse ele. “Duas semanas atrás, tivemos uma nevasca em Denver e um funcionário não conseguiu aparecer, mas foi possível ativar o sistema de inteligência artificial para que o fast food continuasse a funcionar. Os funcionários ficaram extremamente agradecidos e realmente gostaram de receber a ajuda”.
Porém, não é todo mundo que concorda com Carpenter. Erikka Knuti, diretora de comunicações da United Food and Commercial Workers Union (o sindicato dos trabalhadores do setor de alimentação dos EUA), afirmou que, além de tirar o emprego de alguém, retirar o serviço ao cliente das mãos de um humano, piora a qualidade do produto.
“Os varejistas e as empresas subestimam a importância da interação com o atendimento ao cliente – quando os clientes entregam o dinheiro e recebem um sorriso caloroso em retorno, informando que eles são valiosos”.
Carpenter diz que a automação em restaurantes é inevitável e chega para dar aos clientes mais opções. A assistente criada por ele deve tornar o serviço muito mais rápido e evitar que longas filas se formem, impedindo assim que potenciais clientes procurem outro estabelecimento com menos tempo de espera.
Enquanto isso, outras redes de fast food, como McDonalds e Starbucks, também estão trabalhando em suas assistentes de inteligência artificial. É possível que esse seja o futuro dos restaurantes.