Bolsonaro também voltou a defender a reabertura de comércios e disse estar ciente do risco da medida
(foto: EVARISTO SA/AFP)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu na manhã desta sexta-feira (17) a reabertura de fronteiras em meio à crise do coronavírus. Em solenidade de posse do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, o chefe do Executivo afirmou que conversou com o ministro da Justiça, Sergio Moro sobre a questão e que pretende consultar outros ministros.
“Dei a minha opinião que a gente vai conversar com mais ministros. Começar a abrir as fronteiras. Muita gente pergunta por que que tá fechado com o Paraguai se é uma fronteira seca que não temos como fiscalizá-la? Eu acredito que quando a gente for escrever alguma coisa é para ser cumprido. A mesma coisa no tocante ao Paraguai. Então isso, a gente vai, tendo informações e vai decidindo, assim como qualquer portaria restritiva tem que passar agora pelo crivo da chefia da Casa Civil”, apontou.
Bolsonaro também voltou a defender a reabertura de comércios e disse estar ciente do risco da medida. “Essa briga de começar a abrir para o comércio é um risco que eu corro porque se agravar vem para o meu colo. Agora, o que eu acredito e que muita gente já está tendo consciência é que tem que abrir. Hoje mesmo, acreditando na imprensa brasileira, vi uma matéria que 50% dos prefeitos estão divididos no tocante a abertura. Até pouco tempo, era 100% contrário ou 99%. Eu tenho certeza que eles sabem dessa necessidade”.
O presidente ainda agradeceu Mandetta pelos serviços prestados e comparou os ministros a um time e o governo a um campo de futebol, onde “alguns jogadores precisam ser substituídos”. “Hoje é dia de alegria, afinal de contas vamos unir agradecimentos e cumprimentos. Sempre falei que nosso ministério é um time e, um time, de vez em quando, alguns jogadores são substituídos. Por vezes por cansaço, a partir daquele jogo ou a partir daquele momento, a gente precise modificar o placar. Não há demérito para ninguém neste momento e todos torcem pelo time que é o Brasil”, ressaltou.
Bolsonaro ainda reforçou que a saída de Mandetta se deve ao pensamento divergente que ambos tinham em relação a como enfrentar a pandemia. “Tenho certeza que ele fez o que achava que tinha ser feito, porque eu dei liberdade para os ministros para buscar o melhor para o Brasil por meio do seu ministério. Tenho certeza que ele sai com a consciência tranquila”.
E emendou: “Agora podemos perguntar, né? Por que substituí-lo? A visão minha é um pouco diferente do ministro que está focado no seu ministério. A minha visão tem que ser mais ampla. Os riscos maiores logicamente estão sob minha responsabilidade. Eu tenho o dever de decidir. Eu não posso me omitir. Tenho que buscar aquilo que o povo que acreditou em mim, tem que ser feito. A visão do Mandetta, muito boa, é da saúde e da vida. A minha, além da saúde e da vida, entrava o Paulo Guedes, entrava a economia, entrava o emprego”. “Desde o começo eu tinha uma visão, ainda tenho, de que nós devemos abrir o emprego, porque o efeito colateral do combate ao vírus não pode ser, no meu ponto de vista, mais danoso do que o próprio remédio. Eu tenho certeza que o Mandetta deu o melhor de si para atingir os seus objetivos e eu agradeço Mandetta, do fundo do coração. Aqui não tem vitoriosos nem derrotados. A história lá na frente vai nos julgar e eu peço a Deus que nós dois estejamos certos lá na frente”, destacou o presidente.
Bolsonaro também cumprimentou o novo ministro, o oncologista Nelson Teich. “Nelson, meus parabéns pela coragem e pelo tempo q você agora vai dedicar em buscar da solução. Com toda certeza, vai sofrer um pouco sua família. A gente pede compreensão à sua esposa e a toda família porque seu trabalho, assim como foi o do Mandetta, é muito edificante para todos nós. Que nos ajude assim como Mandetta ajudou a buscar dias melhores para todos nós”.
Governadores
O chefe do Executivo ainda alfinetou governadores que impuseram medidas restritivas no combate ao Covid-19. Ele criticou, em especial, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
“Vocês sabem no que depender de mim, nenhum cidadão seria preso no Brasil por causa disso. A detenção, segundo a lei, é para quem porventura estivesse disseminado de forma criminosa algo que afetasse a saúde de todos. Agora aquela cena de prender mulheres em praça pública, um cidadão bastante forte sendo jogado no chão e colocado algema, eu não consigo entender isso daí. Não concordo com isso”, disparou.
Bolsonaro lamentou sobre a decisão que dá poder aos governadores e prefeiros ao decidirem sobre suas regras de restrição. “Pena que eu não posso intervir em muita coisa porque o Supremo decidiu que as medidas restritivas que tem que ser respeitadas são aquelas de prefeitos e governadores. Mas vamos seguir o destino. Vamos respeitar a decisão do STF porque, afinal de contas, estamos em uma democracia, além da independência, há harmonia entre os poderes. Mas eu repito, essas prisões mais que ilegais atingem a alma de cada cidadão brasileiro. Não podemos admitir isso. Não vou pregar desobediência civil, mas medidas como essa tem ser rechaçadas por todos nós”, concluiu o presidente.
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