Depois de afirmar, em novembro do ano passado, por meio de um artigo no jornal Folha de S. Paulo, que não participaria das eleições de 2018 como candidato à Presidência, o apresentador Luciano Huck falou pela primeira vez na televisão sobre sua atuação política e não descartou a possibilidade de ser candidato no futuro. “O que o destino e o que Deus esperam para mim vou deixar rolar”, disse.
Huck voltou a comentar sobre política neste domingo, no quadro Divã do Faustão, do qual participou ao lado da esposa Angélica. Depois de responderem a perguntas diversas do público, foram questionados pelo próprio Fausto Silva, que entrou no tema da possível candidatura à Presidência do colega global e de sua recusa a ser um novo nome na corrida eleitoral deste ano.
“Minha missão esse ano é tentar motivar as pessoas a que votem com muita consciência e que a gente traga os amigos para ocupar a política, senão não vai ter solução. Eu nunca, jamais, vou ser o salvador da pátria e o que vai acontecer na minha vida eu também não sei. Eu amo o que eu faço, eu amo estar todo sábado na televisão, eu gosto muito de estar com as pessoas, de contar as histórias. Então, o que o destino e o que Deus espera para mim, vou deixar rolar”, respondeu.
Não deixou, porém, a possibilidade de um dia vir a se candidatar encerrada. “Neste momento, agora, começo de janeiro, eu ainda acho que meu papel com esse microfone na mão aqui na TV Globo, na televisão, motivando as pessoas, talvez seja até mais importante do que estar lá (na Presidência). Mas, eu vou participar, eu vou botar a mão na massa, eu quero ajudar e eu acredito muito no Brasil. Contem comigo para tentar melhorar essa bagunça geral aqui”, concluiu o apresentador antes de se despedir do programa dominical.
Mobilizar.
Luciano Huck também afirmou que se isentar da política nacional seria “covarde” de sua parte, mas que ser presidente da República não seria sua “pretensão”. Descrente de partidos políticos, que estariam “derretendo”, segundo ele, e de posições de esquerda e de direita, Huck aposta na atuação dos movimentos cívicos. “O que estou fazendo e vou continuar fazendo é mobilizar uma geração inteira, que não importa da onde vem, a classe social, o credo, a religião, a crença, se é de esquerda, de direita, eu não acredito mais nisso, eu acredito nas pontes, na construção. Eu não acredito mais na divisão, acredito só na soma, o único jeito de a gente resolver o País é somando”, discursou.
Ele também falou dos dois movimentos que participa, o Agora!, movimento que defende a renovação política, e o RenovaBR, fundado pelo empresário Eduardo Mufarej, presidente da Somos Educação e sócio da Tarpon Investimentos, e que pretende, segundo os participantes, incluindo Huck, bancar e dar “informação e formação” a quem quer se candidatar. “É um movimento cívico de apoio a novas candidaturas. Você pega alguém que quer ser político, mas não tem grana, não tem estrutura. Não importa o que pensa. Pode ser monarquista, socialista, de direita, não importa. Ele vai entrar ali e vai ter um funil de ética, de correção, se ele passar por esse funil, é que nem um vestibular, sendo mais simplista, chega lá embaixo vai ter apoio, vai ter informação, vai ter formação”, explicou.