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segunda-feira, 06/05/24
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Entenda a descoberta sobre baterias que venceu o prêmio Nobel de Química

Criadores da bateria de lítio vencem Prêmio Nobel de Química em 2019

Nobel: vencedores do Prêmio de Química deste ano são os desenvolvedores da bateria de lítio (Johan Jarnestad/Academia Real das Ciências da Suécia/Reprodução)

São Paulo – Se hoje podemos utilizar os celulares e outros aparelhos eletrônicos portáteis o dia inteiro, é graças aos cientistas John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino – que receberam o prêmio Nobel de Química de 2019 pela criação das baterias de íons de lítio. Quando os pesquisadores começaram a desenvolver a bateria, na década de 1970, eles optaram pelo uso do lítio exatamente pela reatividade do metal – porém, após alguns testes, perceberam que teriam que estabilizar o material para evitar possíveis explosões ao recarregarem a bateria.

Por isso, os pesquisadores decidiram trocar o ânodo – que é o polo negativo – por outro elemento. Foi John Goodenough quem teve a ideia de utilizar os íons positivos do lítio para constituir a bateria, o que acarretaria em cerca de 4 volts de potencial.

Assim que começaram a utilizar o cátodo – polo positivo – do metal lítio sugerido por Goodenough, foi Akira Yoshino que conseguiu desenvolver a primeira bateria que poderia ser comercializada, a partir de um material feito de carbono que conseguiria armazenar os íons positivos do lítio. Nesse momento, em 1985, os cientistas estavam deixando de utilizar titânio na constituição das baterias.

 

Quando testaram a bateria desenvolvida por Yoshino, os cientistas perceberam que a bateria poderia ser recarregada cerca de 100 vezes seguidas sem que começasse a falhar. Uma das maiores vantagens desse tipo de bateria é que suas reações químicas não se atrapalham, portanto, a chande de ocorrer uma espécie de choque interno é pouca, deixando-as mais duráveis.

A potência e durabilidade são fatores que tornaram essas baterias extremamente importantes para a vida moderna, pelo fato de conseguirem garantir energia para aparelhos eletrônicos – smartphones, videogames portáteis, entre outros – durante um dia inteiro ou até mais. Confira, abaixo, uma representação em inglês postada pelo Twitter oficial do Prêmio Nobel sobre o funcionamento das baterias:

 

Os vencedores do Nobel de Química repartirão, entre em si, um prêmio de cerca de R$ 3,7 milhões de reais.

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