Cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, acreditam que o aquecimento global vai afetar, principalmente, o sono de quem mora em países emergentes
Se as temperaturas continuarem aumentando, como prevê a maioria dos pesquisadores que estudam as mudanças climáticas, há indícios de que as noites de sono dos seres humanos não serão mais tão tranquilas.
A preocupante constatação surge de um estudo feito por cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que concluíram que, em noites muito quentes, acima de 30°C, a duração do sono diminui cerca de 14 minutos.
Em temperaturas de 25°C, que ocorrem em algumas regiões do Brasil, o efeito gerado é um ligeiro aumento da probabilidade da pessoa dormir menos de 7 horas — considere que abaixo disso não é suficiente para um adulto descansar.
Os cientistas chegaram aos dados após analisar o registro de sono em smartwatches de mais de 47 mil adultos, de 68 países. As informações foram cruzadas com dados meteorológicos globais. O estudo completo foi publicado na revista One Earth.
A descoberta também lança luz sobre as questões de desigualdade no acesso a tecnologias que controlem a temperaturas em casa, como o ar condicionado.