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quarta-feira, 25/12/24
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Estudo restrito indica baixa eficácia da hidroxicloroquina contra covid-19

Uma nova pesquisa feita na China com 30 pacientes mostrou que o uso de uma certa dosagem do remédio foi indiferente para reduzir a presença do vírus

Remédio: medicamentos à base de cloroquina são estudados para combater a covid-19 (Pixabay/Reprodução)

Em uma nova pesquisa realizada na China, o medicamento chamado hidroxicloroquina foi considerado indiferente para conter o contágio do novo coronavírus em pacientes infectados. Nesse caso específico deste estudo, a droga não chegou a curar os doentes da covid-19 nem mostrou benefício adicional no tratamento.

Assim como aconteceu na realizada na França que indicou a eficácia da hidroxicloroquina para pessoas com covid-19, a amostragem do estudo feito na China foi baixa. Ou seja, o número de participantes foi pequeno. Isso limita as aplicações das conclusões em ampla escala, apesar de ser algum avanço em termos de pesquisa.

Foram avaliadas 30 pessoas, separadas em dois grupos. Um deles recebeu o tratamento convencional adotado em hospitais para combater síndromes respiratórias agudas graves, enquanto o outro recebeu o mesmo tratamento e mais 400 mg de hidroxicloroquina por cinco dias.

Nos dois grupos, a evolução do quadro clínico foi similar. No período de uma semana, 14 pessoas do grupo de controle e 13 do grupo que tomou a hidroxicloroquina se recuperaram da doença. E um paciente que estava no grupo tratado com a hidroxicloroquina evoluiu para o estado grave da doença. O estudo foi publicado no periódico científico Journal of Zhejiang University.

Apesar da euforia em relação ao medicamento por parte de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e de Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, a hidroxocloroquina, usada contra malária, lúpus e artrite, assim como a variante cloroquina não são consideradas seguras pela Organização Mundial da Saúde para o tratamento da covid-19.

Vale notar que o medicamento não é visto como uma prevenção ao contágio do vírus. Por ora, hospitais fazem uso experimental das drogas, inclusive no Brasil, mas ainda não há evidências que mostrem a eficácia delas no combate ao novo coronavírus.

 

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