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segunda-feira, 20/05/24
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EUA retiram embargo de venda de armas ao Vietnã

Em visita ao país asiático, Obama anunciou a decisão histórica que põe fim a proibição de mais de três décadas

Presidente dos Estados Unidos Barack Obama comparece a uma coletiva de imprensa durante sua visita ao Vietnã - 23/05/2016(Luong Thai Linh/Pool/Reuters)
Presidente dos Estados Unidos Barack Obama comparece a uma coletiva de imprensa durante sua visita ao Vietnã – 23/05/2016(Luong Thai Linh/Pool/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira o levantamento do embargo militar ao Vietnã, que proibia a venda de armas letais. Em entrevista coletiva na capital Hanói, o líder americano disse que espera uma “profunda cooperação militar” com o país asiático, que até há poucos anos era considerado um regime inimigo de Washington.

Obama se reuniu na manhã de hoje com seu colega vietnamita, Tran Dai Quang, no Palácio Presidencial da capital, para debater sobre assuntos econômicos, direitos humanos e o conflito territorial que o Vietnã mantém com a China, no Mar da China Meridional. Membros da gestão Obama sugeriram no passado que o fim da proibição poderia estar relacionado com o combate à China, porém, o presidente americano sustentou que não há relação com o conflito entre as nações asiáticas.

“A decisão de por fim ao embargo foi baseada no nosso desejo de completar o que vem sendo um longo processo de normalização das relações com o Vietnã”, insistiu Obama. A proibição, que já durava 32 anos, era um dos últimos vestígios legais da Guerra do Vietnã. “Nós viemos aqui como um símbolo do fortalecimento dos laços que temos feito ao longo das últimas décadas”, afirmou.

Hiroshima – Esta semana, após a viagem pelo Vietnã, Obama será o primeiro presidente americano em exercício a visitar a cidade japonesa de Hiroshima. Contudo, afirmou que não pedirá perdão publicamente pela bomba atômica lançada pelos Estados Unidos em 1945, disse ele em entrevista à emissora NHK. O primeiro bombardeio atômico da história deixou cerca de 140 mil mortos e forçou a rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial. “É importante reconhecer que, em meio a uma guerra, os líderes tomam decisões de todo tipo”, respondeu Obama.

(Com AFP e EFE)

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