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terça-feira, 24/12/24
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Exército já gastou quase meio milhão de reais com cloroquina desde março

Laboratório da força armada produziu 2,25 milhões de comprimidos, mas nega fabricação em massa do remédio que não tem eficácia comprovada contra Covid-19

Em live, Bolsonaro exibe o remédio para o tratamento de pacientes com Covid-19 Reprodução/Youtube

O Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx) já gastou quase meio milhão de reais com a produção da cloroquina desde o mês de março, quando começou a pandemia do coronavírus. O medicamento é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como uma das formas de tratamento da doença, embora especialistas de diversos países discordem dos benefícios da pílula no combate à Covid-19.

Segundo informações do Centro de Comunicação Social do Exército, em resposta a questionamentos da coluna, o laboratório produziu 2,25 milhões de comprimidos de cloroquina 150mg desde março até esta semana, a um custo de R$ 472,5 mil. Os recursos são provenientes do Tesouro Nacional, por intermédio de repasse do Ministério da Defesa.

Como a coluna revelou no mês passado, o Exército aumentou a produção do medicamento a pedido do presidente Jair Bolsonaro e essa ampliação foi um dos motivos para a saída do oncologista Nelson Teich do Ministério da Saúde. Em relação ao crescimento da fabricação de comprimidos após o início da pandemia, o Exército afirmou que não há produção em massa da cloroquina.

“Em nenhum momento ocorreu produção além da demanda apresentada pelos Ministérios da Saúde e da Defesa, não caracterizando, portanto, produção em massa”, informou o Exército.

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