Marcelo Fernando de Sá Costa foi preso por roubar carro em janeiro deste ano
Rio —Marcelo Fernando de Sá Costa, filho de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi condenado a nove anos e oito meses de prisão pelos crimes de roubo majorado (pelo emprego da arma de fogo) e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
No processo da 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias, Marcelo, de 28 anos, é acusado de ter roubado um carro na manhã de 1º de janeiro deste ano. Ele foi preso em flagrante e, com ele, os policiais militares encontraram a pistola usada no crime. A sentença foi dada pelo juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto no dia 11 do mês passado.
Durante audiência na Justiça, o filho de Beira-Mar foi reconhecido pelo motorista do veículo assaltado, o vigilante Geovanne Pereira do Vale. O homem relatou que passava em seu Fiat Idea verde pela Avenida Presidente Kennedy, altura do bairro Gramacho, por volta das 8h30, quando Marcelo fez um sinal para que ele parasse.
Acreditando ser alguém que precisava de ajuda, a vítima obedeceu. Ao parar, viu a arma apontada em sua direção e ouviu a ordem para que saísse do carro. Rapidamente, Marcelo entrou no veículo, manobrou e seguiu na direção oposta.
Marcelo Fernando foi preso em flagrante uma hora e dez minutos depois. Ele é acusado de ter matado três pessoas, nesse intervalo de tempo, usando o carro roubado. Primeiro, no bairro Vila Rosário, também em Caxias, onde foram assassinados Diogo Luiz Carvalho de Lima, de 25 anos, e Wesley Oliveira da Silva, de 24. De acordo com a denúncia do MP, o filho de Beira-Mar abriu fogo contra os dois.
Após o duplo homicídio, Costa seguiu por mais 9 quilômetros até a Estrada Barão do Amapá. Por ali, passava o empresário Wallace Manoel Simões Rangel, de 38 anos, com sua esposa e o filho de 10 anos no carro.
Rangel manobrava o veículo quando o Fiat Idea verde encostou a seu lado. Com o vidro abaixado e sem dizer uma palavra sequer, Costa atirou ao menos quatro vezes contra o carro da família, matando Wallace. Em seguida, saiu em disparada. Os processos relativos aos homicídios ainda estão em andamento, ambos na 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, responsável pelas investigações, conseguiu provas de que os tiros dados nas três vítimas fatais partiram da pistola encontrada com o filho de Beira-Mar. Peritos fizeram a comparação com projéteis recolhidos no local do crime por familiares das vítimas do duplo homicídio e também de um projétil retirado do corpo de Rangel.