O problema é que as obras só devem ficar prontas em 2018
A Barragem de Corumbá IV é cinco vezes maior que o Lago Paranoá: o volume é suficiente para o consumo de 1,3 milhão de pessoas
O colapso no abastecimento de água na capital federal obrigou o governo a encontrar novas fontes de recurso para o setor. Atualmente, seis regiões — cerca de 15% da população — estão sem fornecimento regular. Com a frustração dos planos de captar água no Lago Paranoá, a aposta do Executivo local é a Barragem de Corumbá IV, próximo a Luziânia (GO). As obras, entretanto, estão atrasadas e só devem ficar prontas em 2018. A capital federal arca com 70% dos custos da empreitada, que é um consórcio com Goiás. O impacto nos cofres públicos do DF é de R$ 280 milhões. A estação de tratamento vai trazer água para o abastecimento de 20% do DF. Gama e Santa Maria serão as primeiras cidades a receberem água desse manancial.
Os primeiros testes, segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), devem começar em julho de 2017 para a água, enfim, chegar às torneiras do brasiliense somente em maio de 2018. “Corumbá sozinha não é a solução. Nosso outro projeto é captar água da Bacia do Paranoá, mas essa obra depende da liberação de recursos do Ministério das Cidades. O que os novos sistemas vão fazer e fracionar melhor a água”, explica Dager Alencar, superintendente de Obras da Caesb. O sistema possibilitará, ainda, a regularização do abastecimento em localidades como Pôr do Sol, Sol Nascente, Arniqueiras, Vicente Pires e outras regiões em processo de regularização.
Um problema recorrente em Corumbá IV, desde sua concepção, em 2001, é o atraso nas obras. A Companhia Saneamento de Goiás (Saneago) é responsável pela construção da adutora, de 12,7km, que levará a água da barragem, em Luziânia, até a estação de tratamento, em Valparaíso (veja quadro). A empresa gastou R$ 54 milhões. A Caesb, por sua vez, toca as obras da estação e da adutora, de 15,3km, que trazem a água até o DF. Segundo a empresa, metade do serviço está pronto. Apesar da fragilidade financeira, a Saneago garante que o sistema de captação está 60% concluído e a adutora que liga a barragem à estação de tratamento, 90% finalizado. “Falta ainda a aquisição de equipamentos eletromecânicos e a energização, o que inclui linhas de transmissão, subestação e todos os quadros de comando”, detalhou a Saneago, em nota. O valor total do investimento é de R$ 400 milhões.
Desafio
Com 173km² — cinco vezes maior do que o Lago Paranoá —, o volume do aquífero é suficiente para o consumo de 1,3 milhão de pessoas. A unidade terá capacidade para tratar 2,8 mil metros de água por segundo, divididos igualmente entre o DF e Goiás — no futuro, a oferta chegará a uma vazão de 5,6 mil litros por segundo. No entanto, especialistas garantem que é um desafio trazer essa água com baixo custo e, ao mesmo tempo, conciliar o abastecimento com a geração de energia. Para tirar o projeto da usina do papel, 17 mil hectares de vegetação próxima à bacia de Corumbá IV foram alagadas e 623 pessoas, obrigadas a deixar as suas casas nas áreas rurais de Abadiânia, Luziânia, Alexânia, Santo Antônio do Descoberto, Silvânia e Corumbá de Goiás.
Sérgio Koide, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), explica que Corumbá IV não extingue os problemas hídricos da capital federal. O especialista em redes de abastecimento de água afirma que o sistema não traz uma situação tão otimista. “Essa fonte vai aliviar a dependência da Bacia do Descoberto. Mas essa é uma água que sai bastante cara. O bombeamento (da estação até o DF) é bastante oneroso”, avalia.
A possibilidade de compartilhamento da água entre a usina hidrelétrica e o consumo humano deve ser analisada com mais critérios, segundo Henrique Marinho Leite Chaves, do Departamento de Engenharia Florestal da UnB. “Tem que se observar as vazões de Corumbá IV e se a água é suficiente para a geração energética e para o abastecimento. Num ano bom, tem água; num ano seco, vamos ver se o projeto é suficiente. Para esse tipo de análise, tem que ser feito um estudo muito profundo, levando em consideração os custos técnicos e financeiro. Existe a possibilidade de num ano seco não haver água para os dois usos”, argumenta
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