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quinta-feira, 25/04/24
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GDF derruba casas em área de proteção ambiental em Sobradinho

Operação foi interrompida por liminar, mas Justiça garantiu continuidade.
Barracos em área pública do Recanto das Emas também foram derrubados.

Fiscais da Agefis derrubaram nesta terça-feira (17) quatro casas e cerca de 320 metros de cercas e muros em um condomínio de Sobradinho, no Distrito Federal. A ação começou ao meio-dia e envolveu 200 representantes do governo. Os trabalhos devem continuar até o próximo fim de semana.

As construções irregulares ficam no condomínio Mansões Bougainville, uma área de proteção ambiental (APP) às margens da DF-440. A área concentra cerca de 80 nascentes, além de mananciais e espécies típicas do cerrado. Segundo o GDF, a área está ocupada desde 1995 e mais de 30 casas foram construídas desde julho de 2014 no local.

A Agefis diz que todas as casas do condomínio podem ser derrubadas a longo prazo, mas a ação atual só atinge as construções mais recentes. As outras áreas do Bougainville passarão por análise do Comitê de Governança Territorial, que não tem prazo para determinar as derrubadas. Como está em área de preservação, o condomínio não pode ser regularizado.

Pela manhã, moradores do residencial tentaram impedir os trabalhos ateando fogo em pneus e posicionando carros para obstruir a entrada das máquinas. Os veículos foram retirados por uma empilhadeira do Detran. Bombeiros e policiais militares foram acionados para garantir a segurança dos servidores.

A desocupação do condomínio começou no dia 10, mas uma decisão da 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça suspendeu os trabalhos. A liminar foi cassada após recurso do GDF e a derrubada recomeçou nesta terça.

Recanto das Emas
Fiscais da Agefis também derrubaram nesta terça cerca de 50 barracos de madeira construídos em um loteamento irregular no Recanto das Emas. Segundo o governo, as moradias foram construídas no domingo (15) e ainda estavam desocupadas.

As terras são públicas e a demarcação era irregular. O loteamento fica na quadra 803, em frente à chácara 5. O governo não informou se os responsáveis pelo condomínio improvisado foram detidos.

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