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segunda-feira, 23/12/24
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General Décio Luís Schons é cotado para comandar o Exército

Militar chefia Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército e é o primeiro na lista de conversas com o ministro da Defesa, Braga Netto. Nomeação atenderia ao critério de antiguidade, muito apreciado pela caserna.

General Décio Luís Schons: conversa com Braga Netto – (crédito: Reprodução Youtube/ Fundação FHC).

Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, o general Décio Luís Schons é cotado para assumir o comando da corporação, após a saída do general Edson Leal Pujol. Schons deve se reunir com o novo ministro da Defesa, general Braga Netto, nesta quarta-feira (31/3). Havia uma tentativa de uma conversa entre os dois para ser realizada ainda nesta terça-feira (30).

Após a demissão do ex-ministro general Azevedo, assim como dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, uma crise se abriu entre o presidente Jair Bolsonaro e os militares. A estratégia, agora, é promover uma mudança ágil para tentar estancar a crise. E Schons é o primeiro na lista de conversas. Informações sobre a reunião com Braga Netto foram divulgadas pela colunista do UOL Juliana Dal Piva e confirmadas pelo Correio.

Décio Schons é o general mais antigo do Exército. Escolhê-lo seguiria a lista de antiguidade, critério muito apreciado pelos militares. Até o meio da tarde desta terça-feira, o mais cotado até então era Marco Antônio Freire Gomes, chefe do Comando Militar do Nordeste, mas sua indicação não cumpriria este critério. Se ele fosse promovido ao cargo de comandante do Exército, quatro generais mais antigos teriam que ir para a reserva, para respeitar a hierarquia militar.

Demissão sumária

O presidente Jair Bolsonaro demitiu Azevedo na última segunda-feira (29), em uma conversa rápida que durou menos de cinco minutos. Dentre os motivos apontados para a decisão, está uma entrevista do general Paulo Sérgio, chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército, ao Correio, conteúdo que irritou o presidente. Mas a situação vai além: Azevedo teria se negado a permitir que houvesse interferências políticas por parte do presidente (que já chamou o Exército de “meu Exército”) nas Forças Armadas.

No comunicado da sua saída, inclusive, Azevedo fez questão de incluir que preservou “as Forças Armadas como instituições de Estado”. Não é a primeira vez que algo assim é dito. Em novembro do ano passado, o então comandante do Exército disse que a instituição não tem partido e não é “de governo”, durante seminário sobre a Defesa Nacional.

“Não somos instituição de governo, não temos partido. Nosso partido é o Brasil. Independente de mudanças ou permanências de determinado governo por período longo, as Forças Armadas cuidam do país, da nação, elas são instituições de Estado, permanente. Não mudamos a cada quatro anos a maneira de pensar em como cumprir as nossas missões”, disse.

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