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terça-feira, 24/12/24
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Governo anuncia acordo com líderes dos caminhoneiros

O governo anuncia agora acordo com os líderes dos caminhoneiros, que protestavam há quatro dias por preços menores nos combustíveis. 

São Paulo – O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou nesta quinta-feira que o governo fechou acordo com categorias de caminhoneiros para suspensão da greve nacional iniciada na segunda-feira por 15 dias.

Segundo Padilha, a Petrobras vai manter a redução de 10% no preço do óleo diesel pelos próximos 30 dias e vai assegurar periodicidade mínima de 30 dias para eventuais reajustes do combustível nas refinarias. Nos primeiros 15 dias, a estatal se responsabiliza pelos gastos de R$ 350 milhões. Nos próximos, haverá compensação financeira da União à estatal.

Segundo Carlos Marun (PMDB-MS), ministro da Secretaria de Governo, o preço do diesel ficará congelado em R$ 2,10 até o final do Governo Temer. A política terá o custo mensal previsto em 700 milhões reais aos cofres públicos.

Outros pontos do acordo são: As multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas; a Petrobras irá contratar caminhoneiros autônomos como terceirizados para prestação de serviços e as entidades e o governo terão reuniões periódicas. Padilha afirmou ainda que, como parte do acordo, a tabela de fretes será editada a cada três meses e que o governo vai tratar com os estados a não cobrança do eixo suspenso em caminhões vazios.

PIS-Cofins

“Diante de erro tão grosseiro o projeto tem poucas condições de prosperar da forma que foi, infelizmente, aprovado”, disse Marun durante a entrevista coletiva. No senado, segundo ele, haverá uma outra roda de discussões sobre o assunto. O Ministro se referia ao texto-base do projeto que reduz a desoneração da folha de pagamento para alguns setores da economia, aprovado pela Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira, 23. A proposta aprovada também previa zerar, até o final deste ano, a PIS-Cofins que incide sobre o óleo diesel.

O problema é que a conta não fecha. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, qualquer redução de impostos precisa ser compensada pelo aumento de outros. A compensação prevista pelo relator, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), com a reoneração da folha de pagamento é de 3,5 bilhões de reais. No entanto, zerar o PIS-Cofins, custaria algo em torno de 12 bilhões por ano aos cofres públicos.

Marun já havia dito mais cedo nesta quinta-feira que houve um erro de cálculo na compensação prevista no projeto de lei da reoneração da folha de pagamento que zerou o PIS/Cofins para o diesel, e que o texto aprovado na véspera pela Câmara dos Deputados terá que ser ajustado.

 

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