Cada funcionário poderá fazer até 80 horas extras por mês. Projeto agora será encaminhado à Assembleia Legislativa.
Policiais civis de São Paulo poderão fazer “bico oficial” nas horas de folga. O projeto de lei que cria a Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Civil (Dejec) foi assinado, nesta segunda-feira (28), pelo governador Geraldo Alckmin (PMDB) e agora será encaminhado à Assembleia Legislativa de São Paulo.
De acordo com o governo, a escala remunerada tem como objetivo aumentar a renda dos policiais civis e reforçar o efetivo nas ruas e nas delegacias. Cada policial poderá trabalhar até 8 horas diárias (fora da jornada normal), por até 10 dias no mês (ou seja, máximo de 80 horas mensais).
O valor pago aos delegados deverá ser de R$ 204 por dia. As demais carreiras, como investigadores e escrivães, receberão R$ 170 diários. “Todo mundo ganha. A Polícia Civil ganha, porque faz uma jornada extraordinária com um salário mais alto, e a sociedade ganha com maior presença policial agilizando os trabalhos”, disse Alckmin, segundo sua assessoria.
PM
O “bico oficial” da Polícia Militar já acontece desde dezembro de 2009, com a operação delegada. Criado durante a administração de Gilberto Kassab (PSD) na Prefeitura, o convênio entre o município e a Polícia Militar permite que policiais em horários de folga atuem de farda e com equipamentos da PM na fiscalização de regiões como a 25 de Março e o Brás. A remuneração é feita pela Prefeitura.
Além de fiscalizar o comércio ambulante, os policiais podem atuar no apoio a serviços de emergência e na proteção a mananciais.
Em dezembro de 2013, o governo criou a Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho para a PM e conta hoje com 3.954 vagas em todo o estado. Em junho do ano passado, a medida foi estendida para as escolas, com a criação da Dejem Escolar: policiais militares são destacados exclusivamente para o patrulhamento de escolas estaduais.