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segunda-feira, 23/12/24
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Governo costura nova estratégia para melhorar aposentadoria de policiais

A concessão de regras mais suaves para a PF e PRF geraria uma economia de R$ 2 bilhões a menos no montante calculado em 10 anos

O debate pela inclusão de aposentadorias especiais para as categorias será conduzido por meio de uma emenda aglutinativa
(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Diferentemente do que o presidente Jair Bolsonaro disse, a articulação envolvendo os policiais federais e rodoviários federais vem sendo costurada de outra forma. O debate pela inclusão de aposentadorias especiais para as categorias será conduzido por meio de uma emenda aglutinativa, construída compondo ponto a ponto de outras emendas apresentadas na Comissão Especial para evitar mais embates no Plenário. Em contrapartida, os deputados se abstêm de votar favoravelmente outros destaques referentes às forças auxiliares de segurança pública.

O problema é que, para a interlocução avançar, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ou o ministro da Economia, Paulo Guedes, precisam ceder. Fatores que contribuem para as incertezas do sucesso na votação da matéria.

A sugestão de uma emenda aglutinativa foi apresentada nesta quarta-feira (9/7) ao governo pelo DEM, que abraçou uma articulação montada por deputados dispostos a votar a favor de destaques favoráveis a regras de aposentadoria mais suaves para servidores da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), após conversar com Alan Rick (AC) e Luis Miranda (DF), apresentou a proposta a Maia, que orientou que o correligionário a enviasse ao governo. A articulação, capitaneada pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, confirma a proposta. O problema é como trabalhá-la. Um articulador governista diz que o principal entrave para a emenda aglutinativa ser encaminhada está na resistência de Guedes em conceder brecha para os policiais.

A concessão de regras mais suaves para a PF e PRF geraria uma economia de R$ 2 bilhões a menos no montante calculado em 10 anos. Uma economia reconhecidamente pequena pela liderança do governo. O problema é que, em 14 de junho, Guedes declarou que os deputados — supostamente pressionados por lobbys de servidores públicos — poderiam “abortar a Nova Previdência”. O episódio gerou uma crise com Maia, que classificou o governo como “usina de crises”. Agora, Guedes não quer ceder, sob pretexto político de recuar em uma matéria que ele mesmo criticou. E o presidente da Câmara, por sua vez, não vai fazer esforços para se engajar na discussão da matéria sem o aval do chefe da equipe econômica. O impasse constrange lideranças governistas, que se veem em meio ao fogo cruzado.

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