O Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) – órgão que cuida de boa parte da área de TI do governo federal brasileiro – anunciou recentemente que vai deixar de usar software livre para adquirir soluções da Microsoft.
O anúncio significa que o governo vai trocar programas de código aberto, muitos desenvolvidos no Brasil, para usar programas prontos oferecidos pela empresa norte-americana. Entre as soluções contratadas estão o Office, Windows Professional, Windows Server e Client Access License.
Os órgãos administrados pelo SISP que usam software livre atualmente devem apresentar um pedido formal para adquirir os novos programas até o dia 11 de novembro. Acontece, porém, que soluções proprietárias já são usadas por órgãos públicos há muito tempo, contrariando a preferência por software livre.
Em 2012, por exemplo, a Caixa Econômica Federal comprou licenças do Office para usar em muitos dos seus terminais. A ideia de dar preferência ao código aberto era, a princípio, uma maneira de fomentar o desenvolvimento de software no Brasil, além de gerar uma economia estimada em R$ 500 milhões até 2010 (os números não vinham sendo atualizados desde então).
O que muda, na prática, portanto, é que o governo vai gastar mais usando software da Microsoft, mas, por outro lado, terá aplicações mais completas e apoio técnico especializado – algo que programas de código aberto não podem oferecer.