Apesar de ser uma das vacinas mais promissoras do mundo, com anúncio de eficácia de 95%, a viabilidade da vacina para a realidade brasileira é um desafio
Após a Pfizer emitir nota informando que o Brasil teria “alguns dias” para decidir sobre as aquisições da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica, o Ministério da Saúde avançou nas negociações. Em nota divulgada pela pasta nesta segunda-feira (7/12), a informação é de que o Governo Federal deve assinar acordo de intenção de compra de 70 milhões de doses.
“Os termos já estão bem avançados e devem ser finalizados ainda no início desta semana com a assinatura do memorando de intenção”, diz a nota do ministério. Apesar de ser uma das vacinas mais promissoras do mundo, com anúncio de eficácia de 95%, a viabilidade da vacina para a realidade brasileira é um desafio, já que, por ser uma tecnologia nova de RNA, as doses precisam ficar armazenadas a temperaturas abaixo de menos 70ºC. O governo brasileiro também resistia diante do preço, que ainda não foi divulgado.
O planejamento é que as compras sejam capazes “de imunizar milhões de brasileiros já no 1º semestre” de 2021, como comunicou a Pfizer na semana passada. A farmacêutica já negociou doses com mais de 30 nações e, no Reino Unido, a imunização começa nesta terça-feira (8).
Para viabilizar as estratégias de imunização, o Ministério da Saúde investe na rede de frios dos centros e salas de vacinação. Uma portaria da pasta, divulgada nesta segunda-feira (7/12), no Diário Oficial da União (DOU), destina quase R$ 60 milhões a estados e Distrito Federal para compra de câmaras refrigeradas, ar condicionados e computadores.
Nas redes sociais e sem citar um laboratório específico, o presidente Jair Bolsonaro disse que não faltarão recursos para garantir a vacinação de graça. “Em havendo certificação da Anvisa, o Governo Federal ofertará a vacina a todos, gratuita e não obrigatória. Segundo o Ministério da Economia não faltarão recursos para que todos sejam atendidos. Saúde e Economia de mãos dadas pela vida”, escreveu o chefe do Executivo.