O Ministério do Interior do Iêmen, controlado pelos rebeldes houthis, anunciou nesta segunda-feira em comunicado a morte do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, antigo aliado dos rebeldes, a quem a nota se refere como “o líder da traição”.
Horas antes, a emissora de rádio deste Ministério tinha assegurado que Saleh tinha morrido em decorrência dos disparos de combatentes houthis.
Um responsável houthi que pediu anonimato garantiu à Agencia Efe que “Saleh morreu quando combatentes houthis dispararam contra o comboio no qual viajava, em sua passagem por um posto de controle na área de Yahana, ao sudeste de Sana, enquanto fugia da cidade”.
Por sua parte, o comunicado do Ministério de Interior acrescentou que junto com o ex-presidente morreram vários “aliados” de Saleh.
“A crise das milícias da traição terminou ao termos conquistado o controle total das suas posições e imposto a segurança em Sana, seus subúrbios e todas as outras províncias”, assegurou o comunicado.
A pasta de Interior declarou também que sua morte aconteceu depois que Saleh “se tornou cúmplice direta e publicamente dos países da agressão”, em referência à aliança árabe comandada pela Arábia Saudita que apoia o presidente Abdo Rabu Mansour Hadi e a quem Saleh lançou uma oferta de diálogo no final de semana passado.
A emissora catariana “Al Jazeera” publicou um vídeo de um celular pessoal no qual Saleh aparece com um disparo na cabeça e levado em uma manta por um grupo de pessoas em uma região desértica.
No último sábado foi rompida a aliança entre as fileiras rebeldes, integradas pelos houthis e as forças leais a Saleh, depois dos combates que se iniciaram na capital em 29 de novembro e que ainda continuam.