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segunda-feira, 30/12/24
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Graça Foster e mais cinco diretores renunciam a cargos na Petrobras

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e outros cinco diretores da petroleira renunciaram ao cargo, segundo comunicado da estatal nesta quarta-feira (4). A empresa não confirmou os nomes dos executivos que deixam a diretoria, composta por sete pessoas.

Segundo a assessoria de imprensa da estatal, no entanto, o diretor de Governança João Adalberto Elek, que tomou posse no mês passado, é um dos dois que permanecerão.

Os novos ocupantes dos cargos na diretoria serão eleitos em reunião do Conselho de Administração que será realizada na sexta-feira (6), informou a empresa.

De acordo com a colunista Cristiana Lôbo, os diretores que renunciaram são Almir Barbassa (financeiro), José Alcides Santoro Martins (negócios de gás e energia), José Miranda Formigli Filho (exploração e produção) e José Carlos Cosenza (abastecimento).

Os rumores sobre a saída de Graça ao longo da terça-feira fizeram disparar as ações da Petrobras, que fecharam em alta de mais de 15% na Bovespa. Nesta quarta, os papéis da petroleira chegaram a subir mais de 7%, mas reduziram o ritmo de alta. Siga a cobertura em tempo real

A saída da diretoria acontece em meio às investigações da Operação Lava Jato de um escândalo de corrupção na estatal e à dificuldade da atual gestão da companhia para quantificar os prejuízos com fraudes em contratos de obras durante anos.

O governo vinha sofrendo pressão do mercado pela saída da executiva, cuja gestão foi marcada por graves denúncias de corrupção e pelo acúmulo de resultados negativos.

Embora a maior parte dos problemas tenha sido agravada por decisões feitas antes da chegada deGraça Foster à presidência da estatal, a executiva – ainda que não tenha sido implicada diretamente nas investigações da Lava Jato – acabou perdendo as condições políticas para se manter no cargo.

Saída esperada
Na terça-feira, o colunista Gerson Camarotti adiantou que interlocutores da presidente Dilma Rousseff estavam em busca de um substituto para Graça no comando da Petrobras e disse que a substituição seria feita quando for encontrado um perfil adequado.

Graça passou a tarde de terça-feira reunida com a presidente Dilma Rousseff, mas nenhuma decisão foi anunciada até a manhã desta quarta.

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Quando as ações de uma empresa oscilam muito em um dia, a Bovespa envia um ofício a ela questionando o que ocorreu. Nesta terça-feira, a bolsa questionou a Petrobras sobre a saída de Graça Foster e pediu esclarecimentos, “o mais breve possível”, além de outras informações consideradas importantes.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que fiscaliza e disciplina o mercado, deu um limite para a resposta: 9h desta quarta-feira.

Às 10h13, a Petrobras enviou um comunicado dizendo: “Em resposta a esta solicitação, a Petrobras informa que seu Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06.02.2015, para eleger nova Diretoria face à renúncia da Presidente e de cinco Diretores”.

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Possíveis substitutos
Em coluna publicada nesta terça-feira (3), Thais Herédia adiantou que dois nomes são os mais cotados para assumir a vaga de Graça: Roger Agnelli, que esteve no comando da Vale por mais de 10 anos; e Rodolfo Landim, ex-parceiro de Eike Batista e atual desafeto do empresário, com passagens pela Eletrobrás e BR Distribuidora.

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Outros três nomes também apareceram entre os cotados para o posto nesta quarta: Henrique Meirelles, ex-presidente do BC; Murilo Ferreira, atual presidente da Vale; e Eduarda La Rocque, ex-secretária da Fazenda do município do Rio de Janeiro.

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Segundo a colunista, Roger Agnelli tem forte ligação com o ex-presidente Lula, mas não é bem visto pela presidente Dilma Rousseff. Agnelli foi demitido por ela no início do 2011.

Rodolfo Landim é conhecido e respeitado no mercado internacional de óleo e gás, com mais de 30 anos no setor. O fato de ter saído brigado com Eike Batista antes mesmo da derrocada do ex-mega-empresário aumenta seu cacife. Hoje, o executivo toca a Mare Investimentos, um fundo de compra de participação em empresas de óleo e gás.

Fonte: G1

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