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Greve do Metrô-DF: transporte público cheio e engarrafamentos marcam 2º dia de paralisação

Nesta terça-feira (20), 60% dos trens circulam em horário de pico na capital. Trânsito intenso marcou primeiras horas da manhã.

Trem do metrô fica cheio após categoria entrar em greve, no DF — Foto: Arquivo pessoal

O segundo dia da greve dos metroviários no Distrito Federal, nesta terça-feira (20), é marcado por vagões cheios e intensa movimentação de veículos nas vias da capital. Devido à paralisação, os trens funcionam com 60% da capacidade total nos horários de pico e com 40% no restante do dia.

Nesta terça, as estações da Companhia do Metropolitano (Metrô) abriram às 6h, com 30 minutos de atraso. Por volta das 7h, dos 24 trens, 15 estavam em circulação e o tempo de espera dos passageiros era, em média, de 15 minutos.

Horários de pico no Metrô-DF:

  • Manhã: 6h às 8h30
  • Tarde: 16h45 às 20h30
Estrada Parque Taguatinga (EPTG), no DF, tem trânsito pesado nesta terça-feira (20) — Foto: DER/Divulgação
Estrada Parque Taguatinga (EPTG), no DF, tem trânsito pesado nesta terça-feira (20) — Foto: DER/Divulgação

Fotos do início da manhã mostram trens cheios em estações da capital, principalmente em Ceilândia, o que retrata o descumprimento das medidas de distanciamento social para evitar proliferação do novo coronavírus.

Além disso, nas vias do DF, há intensa movimentação de veículos. Na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), rodovia que liga o Plano Piloto a regiões como Águas Claras, Ceilândia e Taguatinga – todas atendidas pelo metrô – o trânsito ficou intenso por volta das 7h (veja foto acima).

Na BR-070, a Estrutural, a situação é semelhante. Por volta das 7h30, o tráfego era pesado na região e os veículos circulavam com lentidão.

Estrutural tem congestionamento no 2° dia de greve dos metroviários, no DF — Foto: TV Globo/ReproduçãoEstrutural tem congestionamento no 2° dia de greve dos metroviários, no DF — Foto: TV Globo/Reprodução.

Apesar das pistas cheias, os órgãos de trânsito mantiveram as regras do uso das faixas exclusivas, sem liberação para os demais veículos.

Metroviários cruzam os braços

Passageiros aguardam metrô em dia de greve da categoria, no DF — Foto: TV Globo/Reprodução

Passageiros aguardam metrô em dia de greve da categoria, no DF — Foto: TV Globo/Reprodução

A greve dos metroviários iniciou nesta segunda-feira (19). De acordo com o Sindicato dos Metroviários (SindMetrô),a categoria protesta contra o corte do auxílio-alimentação, de R$ 1,2 mil. Além disso, os metroviários citam “descumprimentos judiciais, como os descontos ilegais da greve de 2019 que, até hoje, não foram devolvidos”.

Para garantir o funcionamento mínimo do serviço de transporte público durante a pandemia de Covid-19, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-10) determinou que 60% dos trens estejam em circulação nos horários de pico, o que foi mantido pela categoria.

Em nota, a Companhia do Metropolitano (Metrô-DF) informou que “seguirá tomando todas as providências judiciais e administrativas cabíveis para evitar maiores transtornos que a greve dos metroviários possa causar à população”.

Reforço nos ônibus

Dezenas de pessoas circulam na Rodoviária do Plano Piloto, no DF, em imagem de arquivo — Foto: TV Globo/Reprodução
Dezenas de pessoas circulam na Rodoviária do Plano Piloto, no DF, em imagem de arquivo — Foto: TV Globo/Reprodução.

Em razão da greve dos funcionários do metrô, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) anunciou reforço nas linhas de ônibus que circulam entre as regiões de Samambaia, Ceilândia, Taguatinga, Águas Claras e o Plano Piloto.

A ação faz parte de um plano emergencial para diminuir os transtornos causados pela paralisação. Segundo a Semob-DF, cerca de 30 linhas terão acréscimo de viagens, com veículos remanejados de outros itinerários que apresentam menor carregamento de passageiros.

A pasta afirma ainda que, além dos horários de pico, haverá reforço durante toda a manhã e à noite, considerando os novos horários de funcionamento empresarial no DF, devido à pandemia de Covid-19.

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