23.5 C
Brasília
terça-feira, 24/12/24
HomeBrasíliaGreve geral dos professores reúne 2,5 mil pessoas na Praça do Relógio

Greve geral dos professores reúne 2,5 mil pessoas na Praça do Relógio

Categoria cobra pagamento dos reajustes salariais firmados ainda em 2013

20151015105724409447o

Cerca de 2,5 mil professores, segundo a Polícia Militar, além de vários estudantes, se concentram na Praça do Relógio, em frente a administração de Taguatinga, no primeiro dia da greve geral da categoria. A paralisação havia sido anunciada no dia 08/10 e hoje, Dia do Professor, a promessa foi cumprida.

Eles se unem aos servidores da saúde, agentes penitenciários e funcionários do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) na reivindicação do pagamento dos reajustes salariais e garantem: só voltam a trabalhar quando estes forem liberados. O grupo também fez uma passeata ao redor da praça, que complicou o trânsito no local.  Durante o trajeto, eles gritavam: “Professor na rua, Rollemberg a culpa é sua.”

Essa é a segunda vez, em 2015, que os professores param suas ações. Para o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), essa foi a única alternativa que restou para sensibilizar o Governo do Distrito Federal (GDF). De acordo com a entidade, a sexta parcela do aumento firmado em 2013, ainda no período em que Agnelo Queiroz comandava o Palácio do Buriti, não foi paga.

Naquele ano, a categoria havia recebido aumentos de até 33%, que seriam incorporados à folha até este ano. Mas o repasse não foi feito no mês passado. “Eles querem cortar benefícios adquiridos em 2013. Nós professores estamos sendo passados para traz. O governo não quer negociar, não apresenta proposta. Nem as melhorias de trabalho eles querem discutir”, afirma Rosilene Correa, diretora do Sinpro.

A expectativa do sindicato é que essa quebra no planejamento seja um motivo forte de adesão: se isso acontecer, cerca de 30 mil professores vão parar de lecionar, deixando aproximadamente 470 mil alunos sem aulas. A Secretaria de Educação está ligando para as Coordenações Regionais de Ensino para mensurar o impacto da greve.

O Sinpro-DF teve uma reunião na quarta-feira (14/10) com o secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas, mas garante que não houve avanço nas negociações. Os professores afirmam que o GDF não apresentou nenhuma proposta, apenas garantiu que está trabalhando em um plano de reestruturação da educação.

CB

Mais acessados