Categoria cobra pagamento dos reajustes salariais firmados ainda em 2013
Cerca de 2,5 mil professores, segundo a Polícia Militar, além de vários estudantes, se concentram na Praça do Relógio, em frente a administração de Taguatinga, no primeiro dia da greve geral da categoria. A paralisação havia sido anunciada no dia 08/10 e hoje, Dia do Professor, a promessa foi cumprida.
Eles se unem aos servidores da saúde, agentes penitenciários e funcionários do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) na reivindicação do pagamento dos reajustes salariais e garantem: só voltam a trabalhar quando estes forem liberados. O grupo também fez uma passeata ao redor da praça, que complicou o trânsito no local. Durante o trajeto, eles gritavam: “Professor na rua, Rollemberg a culpa é sua.”
Essa é a segunda vez, em 2015, que os professores param suas ações. Para o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), essa foi a única alternativa que restou para sensibilizar o Governo do Distrito Federal (GDF). De acordo com a entidade, a sexta parcela do aumento firmado em 2013, ainda no período em que Agnelo Queiroz comandava o Palácio do Buriti, não foi paga.
Naquele ano, a categoria havia recebido aumentos de até 33%, que seriam incorporados à folha até este ano. Mas o repasse não foi feito no mês passado. “Eles querem cortar benefícios adquiridos em 2013. Nós professores estamos sendo passados para traz. O governo não quer negociar, não apresenta proposta. Nem as melhorias de trabalho eles querem discutir”, afirma Rosilene Correa, diretora do Sinpro.
A expectativa do sindicato é que essa quebra no planejamento seja um motivo forte de adesão: se isso acontecer, cerca de 30 mil professores vão parar de lecionar, deixando aproximadamente 470 mil alunos sem aulas. A Secretaria de Educação está ligando para as Coordenações Regionais de Ensino para mensurar o impacto da greve.
O Sinpro-DF teve uma reunião na quarta-feira (14/10) com o secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas, mas garante que não houve avanço nas negociações. Os professores afirmam que o GDF não apresentou nenhuma proposta, apenas garantiu que está trabalhando em um plano de reestruturação da educação.
CB