Não houve avanço nas negociações até esta segunda-feira. Em audiência na semana passada, empresa não atendeu pedidos da categoria para suspender paralisação.
A greve dos metroviários chega ao 12º dia consecutivo, nesta segunda-feira (13), no Distrito Federal. Sem acordo, representantes da categoria e da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) não têm prazo para uma nova audiência de conciliação. O último encontro foi em 6 de maio.
Com a paralisação, o metrô funciona de segunda a sábado das 5h30 às 23h30, com efetivo variável durante o dia. Nos horários de pico (veja abaixo) 75% da frota deve estar em funcionamento, segundo decisão da Justiça. No restante do dia, 30% dos trens devem transitar. Já no domingo, o horário é das 7h às 19h.
Nos horários de maior movimento, 15 trens fazem o trajeto entre Ceilândia, Samambaia e o Plano Piloto.
- Segunda a sexta-feira: 6h às 8h45 e das 16h45 às 19h30
- Sábados: 6h às 9h45 e das 17h às 19h15
Interior de um vagão do Metrô no DF — Foto: Luis Rodnei/TV Globo
Frota mínima
Na semana passada, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª região (TRT-10) acolheu o pedido do Sindmetro e determinou a redução de 80% para 75% da frota mínima de trens em funcionamento em horários de pico durante a greve.
A medida reconsidera uma decisão liminar (provisória) que previa o emprego de, pelo menos, 19 das 24 composições nos períodos de maior movimento.
A decisão da Justiça foi tomada após metroviários e representantes do Metrô-DF trocarem acusações na audiência de tentativa de conciliação. Na sessão, o Metrô afirmou que o sindicato que representa a categoria não tem respeitado a decisão judicial que determinava o funcionamento mínimo do serviço.
Já os servidores alegam que o quantitativo determinado pela Justiça é maior até que o utilizado em dias sem paralisação. A categoria argumenta ainda que a decisão estava sido cumprida “dentro dos limites de funcionamento do metrô”.
Em caso de descumprimento, o TRT prevê a aplicação de multa diária de R$ 100 mil às partes “por ação ou omissão”, como a organização de atos que impeçam a circulação de trens ou o acesso dos trabalhadores aos postos de serviço.
Entenda a greve
A greve dos metroviários teve início na quinta (2). A categoria reivindica a manutenção do acordo coletivo de trabalho que venceu em abril e é assinado de dois em dois anos.
Os Sindmetro-DF pede ainda o cumprimento de sentenças judiciais que determinam o reajuste dos salários dos servidores pelo INPC. Além disso, a entidade quer um acordo para que a jornada de trabalho dos pilotos mude oficialmente de 8 horas para 6 horas diárias.