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sexta-feira, 15/11/24
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Grupo circense promove ações em escolas públicas de áreas carentes do DF

Grupo brasiliense Artetude promove ações nas escolas públicas de áreas carentes para debater problemas da comunidade com muita leveza

Criada há 19 anos, a trupe Artetude investe no papel multiplicador da arte circense
(foto: PabloPeixoto/Divulgação)

A arte do circo como um papel transformador na vida das pessoas. Com essa ideia, o grupo brasiliense Circo Teatro Artetude, há 19 anos, leva para o picadeiro muito mais do que elementos de entretenimento. Os malabares, as roupas coloridas e os acessórios singulares servem como pano de fundo para questões sociais. A trupe composta pelos irmãos Ruiberdan e Ankomárcio Saúde, além dos artistas Julio Cesar, Pablo Ravi e Marco Aurélio, coloca em pauta a realidade do público que a assiste. “Buscamos atrelar aspectos que a própria comunidade está vivenciando. Se o problema é feminicídio ou o alto índice de violência, construímos em nosso espetáculo cenas que possam abordar essa questão”, explica Ankomárcio. Além das apresentações, a trupe também desenvolve oficinas circense para pessoas de áreas carentes.

A arte, a música, o teatro e o circo são capazes de desconstruir um mundo de desconfiança e ódio. “O mesmo jovem que se sente desafiado em pular um muro e cometer um delito pode ser desafiado para algo positivo, como dar um salto-mortal ou andar de perna de pau”, pontua Ankomárcio, que enfrentou, ele mesmo, diversos percalços na vida.

Nascido e criado em periferia, ele viu no universo circense uma forma de conhecer mais sobre si e de aprender a lidar com os outros. Com a própria vivência, entendeu a importância e o papel multiplicador de uma oportunidade de mudança. “As oficinas de circo não têm a pretensão de formar artistas circenses, mas pode ser um canalizador para a transformação de uma pessoa melhor”, ressalta.
Há 18 anos, o grupo se apresenta nos mais diferentes lugares possíveis. Dos mais requintados aos mais simples, assim como em diversas situações. A bordo de um ônibus equipado de som, luz e uma pequena tela de cinema, a trupe presenteia o público com alegria e esperança por onde passa.
(foto: Pablo Peixoto/Divulgacao)

Comunidades

Ankomárcio tem orgulho de dizer que o projeto Caravana Artetude passou por todas as regiões brasileiras fazendo da praça o principal picadeiro. No Rio de Janeiro, foi desenvolvido o projeto palhacificação dentro das comunidades em processo de pacificação. No Distrito Federal, o coletivo realiza dois eixos de atuação. O primeiro com ações nas cidades, e o segundo, dentro das escolas públicas.
O projeto Caravana Artetude nas Escolas Públicas propõe atividades formativas por meio do circo. Com apresentações e oficinas, o grupo debate a importância da preservação do espaço escolar e o papel do aluno como protagonista da própria história.

Atividades

As instituições de ensino serão definidas após o início do ano letivo, marcado para fevereiro. “Temos dois públicos-alvo dentro desta proposta. As crianças, que estão em processo de formação e são mais receptivas, e os adolescentes, os quais encontramos um desafio. Tirar a atenção dos aparelhos eletrônicos para atividades sociais”, expõe Ankomárcio Saúde.
De acordo com ele, nem sempre o projeto consegue atender a todos os estudantes. Como o número de alunos é grande, muitas vezes, é feita uma seleção de um grupo multiplicador que repassará os ensinamentos para os outros colegas. A proposta acontece há 14 anos e tem um retorno positivo da comunidade escolar.
Paralelamente, o grupo também atua em projetos de parceiros, como o grupo cultural Pé de Cerrado, além dos espetáculos Brincadeiras de Circo, Grande Circo dos Irmãos Saúde, Patralhões e Clownbaré (show de variedade). Durante o carnaval, a trupe fará apresentações espontâneas pela cidade para celebrar o riso e a diversidade.

Projeto

As regiões que receberão a Caravana Artetude nas Escolas Públicas neste ano são: Samambaia, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Santa Maria e Sobradinho. Contato: 99979-4930. Site: www.circoartetude.com.br.

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