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segunda-feira, 23/12/24
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Grupo usa cartazes ‘contra o golpe’ para formar nome de Dilma no DF

Previsão de protesto fechou retornos da Esplanada dos Ministérios. PM diz que 18 ônibus com manifestantes chegaram ao Mané Garrincha.

 

Manifestantes formam o nome da presidente Dilma Rousseff em cartazes anti-impeachment em Brasília (Foto: Mateus Rodrigues/G1)
Manifestantes formam o nome da presidente Dilma Rousseff em cartazes anti-impeachment em Brasília (Foto: Mateus Rodrigues/G1)

Manifestantes contrários ao impeachment usaram cartazes com a mensagem “contra o golpe” para formar o nome da presidente Dilma Rousseff em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (31). De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o grupo planeja passeata para o período da tarde. O ato foi convocado pela web.

Por causa da manifestação, todos os retornos da Esplanada dos Ministérios foram fechados – a única exceção é a passagem em frente à Alameda dos Estados, rua que reúne bandeiras das unidades da federação em frente ao Congresso Nacional.

Retorno bloqueado na Esplanada dos Ministérios, Brasília (Foto: Mateus Rodrigues/G1)
Retorno bloqueado na Esplanada dos Ministérios, Brasília (Foto: Mateus Rodrigues/G1)

 

A Polícia Militar informou que diversos ônibus com manifestantes pró-PT chegaram ao Estádio Nacional Mané Garrincha desde a madrugada. Até as 8h20, havia 18 no local. O grupo carregava colchões e panelas.

Ônibus de manifestantes parados no estacionamento do Estádio Nacional de Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução)
Ônibus de manifestantes parados no estacionamento do Estádio Nacional de Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução)

Pesquisa e processo
Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (30) mostra que 69% dos entrevistados desaprovam o governo Dilma. Nesta terça, o PMDB oficializou o rompimento com a gestão. A orientação é de que os seis ministros da legenda deixem o cargo. Presidente do partido e vice-presidente da República, Michel Temer permanece na função sob a alegação de que foi eleito.

O Planalto tenta montar uma estratégia a fim de fazer com que, diante do rompimento do PMDB com o governo, a presidente Dilma passe a contar com o apoio de outros partidos e parlamentares no Congresso Nacional. Na prática, o Executivo está disposto a negociar cargos que serão deixados por integrantes do partido para garantir o apoio necessário para barrar o processo de impeachment.

A instalação da comissão especial que analisa o processo de impeachment aconteceu no dia 17 de março. Desde então a presidente Dilma tem dez sessões do plenário da Câmara para apresentar sua defesa. O colegiado terá cinco sessões depois disso para votar parecer pela continuidade ou não do processo de impeachment.

Após ser votado na comissão, o parecer sobre o pedido de impeachment segue para o plenário da Câmara, que decide se instaura ou não o processo. Para a instauração é preciso o voto de 342 deputados.

O Senado pode invalidar essa decisão da Câmara. Se avalizar, a presidente da República é afastada por 180 dias, enquanto durar a análise do mérito das acusações contidas no pedido de impeachment.

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