Embaixador adjunto da Coreia do Norte na ONU critica Estados Unidos de “ameaça nuclear direta” e afirma que situação na península é “delicada”
Ryong afirmou que a Coreia do Norte é o único país do mundo a estar sob “ameaça nuclear extrema e direta” dos Estados Unidos desde os anos 1970, e que o país tem o direito de manter um arsenal nuclear para se proteger, segundo informa a agência Associated Press. O diplomata disse que Pyongyang apoia a “erradicação de armas nucleares e os esforços para que esse fim seja atingido em todo o mundo”, mas cobra a mesma posição de Washington.
“A não ser que a política hostil e a ameaça nuclear americana sejam completamente eliminadas, nunca, sob nenhuma circunstância, negociaremos nossas armas nucleares e mísseis balísticos”, declarou Ryong, que acusou os Estados Unidos de elaborarem uma “operação secreta com o objetivo de remover nosso líder supremo”. O diplomata foi enfático contra os supostos planos de Washington: “a totalidade do território continental americano está ao nosso alcance de fogo. Se os Estados Unidos ousarem invadir nosso território sagrado, não escaparão de um severo castigo em qualquer parte do mundo”.
As declarações do embaixador adjunto na ONU seguem na esteira do pronunciamento do secretário de Estado americano, Rex Tillerson, que afirmou neste domingo que o presidente Donald Trump o instruiu a manter os esforços diplomáticos com a Coreia do Norte “até a primeira bomba cair”. Anteriormente, o chefe da Casa Branca declarou publicamente que Tillerson estava perdendo seu tempo negociar com o “Pequeno Homem Foguete”, uma das maneiras pouco elogiosas como Trump já se referiu a Kim Jong-un.
Nesta terça-feira, o subsecretário de Estado dos Estados Unidos, John J. Sullivan, reiterou o compromisso americano de diálogo como solução para a crise com a Coreia do Norte. Em visita ao Japão, o diplomata afirmou que a Casa Branca “não descarta” a possibilidade de dialogar de forma direta com Pyongyang. “A nossa ênfase é na diplomacia para resolver este problema. No entanto, devemos estar preparados para o pior junto com nossos aliados Japão e a Coreia do Sul, entre outros, em caso de falha na diplomacia”, declarou Sullivan em Tóquio, segundo informa a emissora estatal japonesa NHK.
(Com EFE)