22.5 C
Brasília
segunda-feira, 23/12/24
HomeAconteceuHomem com enfisema fica dentro de ambulância, sem destino, por 30 minutos

Homem com enfisema fica dentro de ambulância, sem destino, por 30 minutos

Paciente de 63 anos foi encaminhado da UPA de Sobradinho 2 ao Hospital de Samambaia, de onde foi mandado de volta para a unidade, mas não foi aceito. Ambulância ficou em movimento, sem ter para onde ir, por 30 minutos

O homem foi recusado pelo Hospital de Samambaia e pela UPA na qual estava internado antes da transferência – (crédito: Breno Esaki/Secretaria de Saúde)

Na manhã desta quarta-feira (14/4), Lecino Ferreira da Silva Filho, 63 anos, ficou dentro de uma ambulância em movimento, “de um lado para o outro”, sem destino, por cerca de 30 minutos.

A filha de Lecino, Ana Clara Adami, relata que o pai tem enfisema pulmonar há cinco anos e sentiu falta de ar no domingo (11/4). “Domingo, trouxe meu pai para a UPA de Sobradinho 2, de ambulância, onde foi internado na área de covid-19. Ele fez alguns exames pulmonares e o teste para a doença, que acabou dando negativo, com resultado ontem de manhã.”

O homem foi, então, transferido para um quarto individual. Na noite dessa terça (13/4), avisaram a filha que ele seria encaminhado para o Hospital Regional de Samambaia (HRSam). Por volta de 7h da manhã desta quarta (14/4), a ambulância transportando Lecino saiu da UPA.

“Chegando lá, o hospital falou que o atendimento era só para pacientes com covid-19 e pediu para retornar com ele para a UPA. O pessoal do hospital ligou para a UPA e explicou a situação. Meu pai nem chegou a descer da ambulância”, conta Ana Clara.

No caminho de volta, passando por Taguatinga, a unidade de pronto atendimento entrou em contato com a ambulância, pedindo que retornasse ao HRSam. “Disseram que não iam recebê-lo de novo. Ficamos rodando de um lado para o outro. Meu pai começou a ficar nervoso e a oxigenação dele baixou para 81. O aceitável é até 90. A ambulância então encostou o carro no meio de Taguatinga e ficamos parados lá. O motorista da ambulância não tinha o que fazer”, denuncia a moça.

“Chegando lá, o hospital falou que o atendimento era só para pacientes com covid-19 e pediu para retornar com ele para a UPA. O pessoal do hospital ligou para a UPA e explicou a situação. Meu pai nem chegou a descer da ambulância”, conta Ana Clara.

No caminho de volta, passando por Taguatinga, a unidade de pronto atendimento entrou em contato com a ambulância, pedindo que retornasse ao HRSam. “Disseram que não iam recebê-lo de novo. Ficamos rodando de um lado para o outro. Meu pai começou a ficar nervoso e a oxigenação dele baixou para 81. O aceitável é até 90. A ambulância então encostou o carro no meio de Taguatinga e ficamos parados lá. O motorista da ambulância não tinha o que fazer”, denuncia a moça.

Ainda segundo a pasta, o paciente foi encaminhado da Upa de Sobradinho para o HRSam e, como já havia resultado de exame PCR negativo e tomografia computadorizada não sugestiva para covid-19, foi solicitado à Regulação que ele voltasse à Upa para ocupar um leito não covid.

A pasta ressaltou que as unidades que atendem apenas pacientes covid-19 possuem um alto risco de contaminação, por isso, a orientação é que, após resultado negativo, o paciente seja encaminhado para uma unidade que possua o leito e tratamento adequado ao seu quadro clínico

Mais acessados