Shirlene e Tauane saíram de casa para tomar banho em um córrego e não foram mais vistas. Crime aconteceu em 2021.
Jeferson Barbosa dos Santos foi condenado a 30 anos de prisão por matar mãe e filha a facadas, em um córrego no Sol Nascente, no Distrito Federal. Após o crime, o homem, de 25 anos, escondeu os corpos na mata. O crime aconteceu em novembro de 2021.
À época, Shirlene Cristina Silva Batista, de 38 anos, e Tauane Rebeca da Silva, de 14 anos, saíram de casa para tomar banho em um córrego e não foram mais vistas. Shirlene estava grávida, de quatro meses (veja detalhes abaixo).
Meses após o crime, Jeferson decidiu se entregar e foi detido em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. A Justiça decidiu pela condenação por duplo homicídio duplamente qualificado e dupla ocultação de cadáver.
Durante o depoimento à polícia, Jeferson negou a autoria do crime, porém, entrou em “algumas contradições com o que já foi apurado”, segundo a Polícia Civil;
“Ele foi ouvido e interrogado. O suspeito confirmou que esteve no local do crime, no dia do crime”, disse o delegado Thiago Peralva, à época responsável pelo caso.
Um laudo da Polícia Civil constatou que Shirlene foi morta com 37 facadas, mas nenhuma na barriga. Segundo o delegado, isso deu a entender que quem cometeu o crime “respeitou a gravidez”.
A filha foi assassinada em seguida. O corpo da adolescente tinha marcas de estrangulamento e também de facadas.
Os investigadores disseram ainda que Jeferson era amigo de Lázaro Barbosa, de 32 anos, suspeito de assassinar quatro pessoas da mesma família em Ceilândia, em junho do ano passado. O criminoso foi perseguido por 20 dias e morreu em um confronto com policiais militares, em Águas Lindas de Goiás, no Entorno.
O homem tinha uma ficha criminal extensa, com crimes cometidos na capital, em Goiás e na Bahia. De acordo com a Polícia Civil, ele era amigo de Jeferson e do irmão dele.
Desaparecimento
O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil fizeram buscas, por uma semana na região, com a ajuda de cães farejadores e um helicóptero. Após esse período, o trabalho foi interrompido.
A polícia chegou a falar em crime, mas também não descartava a possibilidade de mãe e filha terem ido embora do Distrito Federal, para o Maranhão.
A família, no entanto, não acreditava nessa hipótese. As duas haviam deixado celulares, documentos e dinheiro em casa.
À época, a Polícia Civil afirmou que os corpos estavam a cerca de 500 metros da cachoeira “indicativo que criminosos queria esconder os corpos”. segundo ele, era certo de que não se tratava de afogamento.