No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), leitos reservados para pacientes com covid-19 serão convertidos em vagas para atendimento da demanda de outras especialidades
O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) vai desmobilizar 20 leitos da unidade de tratamento intensivo (UTI), além de alguns de enfermaria, reservados para pacientes com covid-19. A medida permitirá que as vagas fiquem disponíveis para atendimento geral da população. Com a mudança, apenas as enfermarias do sétimo andar e do térreo serão exclusivas a pacientes diagnosticados com a doença.
A mudança deve acontecer dentro de uma semana, período em que os pacientes internados devem receber alta médica. Os que não apresentarem melhora serão transferidos para outros hospitais. Todo o espaço passará por processo de higienização, o que deve levar 24 horas.
Desde o início da pandemia, o Hran foi destacado como unidade de referência para tratamento de pacientes com covid-19. Agora, quem tiver suspeita de infecção pelo novo coronavírus deverá buscar atendimento nas unidades básicas de saúde (UBSs) e, em casos mais graves, nos pronto-socorros da rede.
O plano de desmobilização, segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), considera que a taxa de ocupação de leitos está próxima de 50%, o que dá margem para atendimento de outra parcela da população. Além disso, a taxa de transmissão está abaixo de 1, e a de óbitos, em estabilidade.
Inicialmente, a pasta previa que a desmobilização de leitos do Hran aconteceria depois do Hospital de Base. No entanto, a estratégia foi repensada, para que a unidade da Asa Norte volte a atender o público geral a partir da próxima semana.
Pacientes com covid-19 contam com 62 leitos de enfermaria no hospital acoplado de Ceilândia, 38 no sétimo andar do Hran, cinco no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e 20 no Hospital de Campanha da Polícia Militar.
Também há 80 leitos com ventilação mecânica no Hospital de Campanha da PM e 46 entre o Hospital de Base, o Hospital Regional de Santa Maria, o Hospital da Criança de Brasília (HCB), o HUB e unidades contratadas da rede privada.
*Com informações da Agência Brasília