Poderão permanecer abertas clínicas médicas, laboratórios, farmácias, postos de gasolina, mercados, lojas de materiais de construção e padarias. Medida vale até 5 de abril.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou, nesta quinta-feira (19), a suspensão das atividades de atendimento ao público em comércios na capital. A medida inclui restaurantes, bares, lojas, salões de beleza, entre outros. O decreto também determina a suspensão de missas e cultos em Brasília.
O objetivo é combater a proliferação do novo coronavírus na capital. Poderão funcionar apenas:
- Clínicas médicas
- Laboratórios
- Farmácias
- Postos de gasolina
- Mercados
- Lojas de materiais de construção
- Padarias
- Atacadistas
- Peixarias
- Operações de delivery.
O decreto foi publicado no início da noite desta quinta-feira e vale até 5 de abril. Também ficam prorrogadas até a data todas as medidas restritivas anunciadas por Ibaneis nos últimos dias.
Na quarta (18), o governador já havia determinado o fechamento de shopping, feiras, clubes e parques e bancos. Eventos e aulas nas redes pública e particular estão suspensos desde a semana passada.
As novas medidas ocorrem em meio ao crescimento de casos da Covid-19 na capital. Segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do DF, até 12h desta quinta, havia 42 casos confirmados da doença em Brasília. No fim da tarde, o Palácio do Buriti falava em 84 casos.
Se o total for confirmado, representa aumento de 48 novos registros da doença em apenas um dia, já que, até quarta, a Secretaria de Saúde contabilizava 36 casos.
Mudanças para detentos
Um outro decreto publicado pelo governador também alterou procedimentos em presídios da capital. A partir desta quinta, aspessoas que forem presas ficarão isolados em um prédio desativado na Unidade de Internação Feminina do Gama, a Colmeia.
Detentas e detentos com mais de 70 anos presos a partir desta quinta também devem ser mantidos separados dos demais. O transporte de presos para audiências será mantido, mas seguindo as recomendações sanitárias para evitar contágio pelo vírus.
Medidas anteriores
Foto ilustrativa mostra resultado positivo para o novo coronavírus — Foto: Dado Ruvic/Reuters/Arquivo
A pandemia do novo coronavírus desencadeou uma série de mudanças na capital. Na segunda-feira (16), o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, pediu demissão. Ele foi substituído pelo diretor do Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do DF (Iges-DF), Francisco Araújo.
A Câmara Legislativa do DF aprovou a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de itens como álcool em gel e máscaras hospitalares. A Casa também aprovou uma proposta que prevê punição para aumento de preços, sem justificativa, de produtos que combatem o coronavírus.
A CLDF e o governo do DF também permitiram home office ao funcionalismo público. Além disso, o governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou ponto facultativo para servidores até sexta-feira (20), exceto algumas categorias.
Desde a semana passada, o governador tem determinado uma série de medidas para tentar impedir a proliferação do vírus. Entre elas estão:
- Suspensão das aulas em instituições públicas e privadas;
- Suspensão de eventos com público maior a cem pessoas;
- Suspensão das atividades de cinemas e teatros;
- Fechamento de academias;
- Medição de temperatura de passageiros no aeroporto e rodoviária interestadual;
- Realização de exames compulsórios em pacientes com suspeita;
- Mudança no atendimento de órgãos públicos;
- Suspensão de visitas em presídios;
- Ponto facultativo para servidores do GDF até 20 de março;
- Fechamento de parques, boates, feiras e shoppings;
- Atendimento restrito ao público nas agências bancárias;
- Fechamento de lojas, bares, restaurantes e proibição de cultos e missas