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sexta-feira, 15/11/24
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Ibovespa cai com volta de “fantasma” da inflação; Azul sobe

Investidores podem discurso do Fed de que a inflação é temporária, após preço dos imóveis americanos bater maior alta desde 2005

B3 Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images (NurPhoto via Getty Images)

Após abrir em alta, o Ibovespa entrou no campo negativo no início da tarde desta terça-feira, 25, acompanhando a piora do mercado americano. Às 12h40, o principal índice da B3 caía 0,37% para 123.556 pontos.

No mercado internacional, os temores sobre a alta da inflação e possível aperto monetário por parte do Federal Reserve (Fed, banco central americano), voltou a dar as caras. Ainda que os investidores tenham se esforçado para acreditar que as pressões inflacionárias são apenas temporárias, a maior alta de preços dos imóveis americanos desde 2005, soou como um alarme.

Divulgada nesta manhã, a inflação imobiliária medida pela Standard & Poors cresceu 13,3% em março, na comparação anual. A expectativa era de alta de 12,3%.

Com a piora de humor sobre a inflação, os principais índices de ações americanos, que começaram o dia em alta, entraram no campo negativo. Com maior concentração de ações de de tecnologia, o índice Nasdaq, que vinha tendo o melhor desempenho do mercado americano, entrou no mesmo ritmo do S&P 500 e Dow Jones, que caem cerca de 0,2%.

Mais depende de financiamentos, o setor de tecnologia vem sendo o mais castigado pela preocupação de que o Fed tenha reduzir seus estímulos monetários para controlar a inflação.

Ao menos no Brasil, ações ligadas ao setor de tecnologia, como as da Totvs (TOTS3) e de empresas de e-commerce, seguem sendo negociadas em alta. Fora do Ibovespa, a Méliuz (CASH3), de cupons de desconto e cashback, sobe mais de 8%.

O maior destaque do mercado brasileiro, no entanto, estão com as empresas aéreas GOL (GOLL4) e Azul (AZUL4), que chegaram a subir mais de 4%. A forte alta ocorre após a Azul informar, por meio de fato relevante, que vê oportunidades de consolidação no setor e que está em posição de “liderar esse movimento”. O documento foi visto por investidores como um sinal claro de que alguma aquisição pode ser anunciada em breve. Segundo o Estado de S. Paulo, a Latam Brasil estaria no alvo.

O mercado brasileiro também aumenta posições em ações de empresas que se beneficiam com a maior circulação de pessoas. No setor de shoppings, Multiplan (MULT3), Iguatemi (IGTA3) e BrMalls (MRML3) sobem mais de 1%. Varejistas de moda, mas dependentes de suas lojas físicas, também são negociadas em alta, com as ações da Hering (HGTX3) avançando cerca de 2% e as da Lojas Renner (LREN3) e Marisa (AMAR3), mais de 1%.

Outro setor bastante afetado pela pandemia, o de educação é destaque positivo, com as ações da Cogna (COGN3) subindo quase  4%, após seu presidente, Rodrigo Galindo, afirmar ao Valor que há planos de aquisições programados para o segundo semestre. Sua concorrente Yduqs (YDUQ3) também avança mais de 3%

Apesar de haver fortes valorizações, os setores financeiro e de commodities, com maior peso no Ibovespa, puxam o índice para baixo. Nesta tarde, as ações da Vale (VALE3), com a maior participação no Ibovespa, cai mais de 1%. O movimento é seguido pelas siderúrgicas Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4), mesmo com a leve alta do minério de ferro nesta madrugada. No setor financeiro, os papéis da B3 (B3SA3) caem mais de 2% e os do Itaú (ITUB4), mais de 1%.

A maior queda do Ibovespa são das units do Banco Inter (BIDI11), que despencam quase 5%, com investidores realizando lucros, após os papéis subirem 25%  no último pregão, com o anúncio de um possível investimento da Stone e de que suas ações podem ser listadas na Nasdaq.

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