O número se aproxima do registrado em dezembro de 2008, quando houve o pior resultado e a atividade ficou 21,5% abaixo do pico. De acordo com o economista Rodrigo Lobo, da Coordenação de Indústria do IBGE, a trajetória é descendente desde o primeiro semestre de 2013, “com alguns momentos pontuais de crescimento”.
O economista destaca que as influências negativas são puxadas pelos segmentos de veículos automotores, máquinas e equipamentos e produtos alimentícios. “No caso de máquinas e equipamentos, isso reflete a baixa intenção dos empresários de fazerem investimentos neste momento”, afirmou.
O Rio de Janeiro, segundo maior Estado em termos de importância para a indústria, também está longe de seu melhor momento. Com queda de 0,2% na produção em maio, a região está 15,9% abaixo de seu pico histórico, atingido em fevereiro de 2011. “As atividades que puxaram essa queda foram veículos automotores, com destaque para caminhões, e refino de petróleo”, destacou Lobo.
O caso do Amazonas é ainda pior. Pressionado pela queda na produção de televisores, motos, peças e acessórios, ficou 23,4% abaixo do ponto máximo de sua produção, verificado em fevereiro de 2014. Outra situação crítica ocorre no Rio Grande do Sul, onde a produção opera 19,9% abaixo do seu momento mais ativo, observado em outubro de 2013.
“O quadro é bem negativo uma vez que a região se aproxima do ponto mais baixo de produção, em dezembro de 2008, quando ficou 23,1% inferior ao pico histórico. Isso ocorre por influência dos veículos automotores, máquinas e equipamentos, especialmente maquinário agrícola.” No Brasil, a produção ficou 12,2% abaixo do maior nível, atingido em junho de 2013.