A unidade era a única do sistema prisional na qual não havia registro das doenças que contaminaram 2,6 mil detentos no Distrito Federal
O surto de doenças de pele que contaminou ao menos 2,6 mil detentos do sistema prisional do DF chegou à única unidade que, até esta quinta-feira (3/8), não havia registrado casos de infecção: a Penitenciária Feminina (PFDF), mais conhecida por Colmeia. Servidores confirmaram ao Metrópoles que a interna apresentou sintomas de impetigo bolhoso e foi isolada da massa carcerária para evitar uma contaminação generalizada.
Agentes que trabalham na Colmeia confirmaram à reportagem que a detenta chegou na semana passada. Na quarta-feira (2), ela começou a apresentar problemas de pele semelhantes aos que atingem presidiários de outras unidades do DF.
Até agora, foram identificadas quatro enfermidades: escabiose, também conhecida como sarna; tinea, provocada por um fungo e causadora de erupções cutâneas em formato circular; pitiríase, que acarreta manchas e coceiras; e a furunculose, que faz eclodir furúnculos.
O surto de doenças de pele que contaminou ao menos 2,6 mil detentos do sistema prisional do DF chegou à única unidade que, até esta quinta-feira (3/8), não havia registrado casos de infecção: a Penitenciária Feminina (PFDF), mais conhecida por Colmeia. Servidores confirmaram ao Metrópoles que a interna apresentou sintomas de impetigo bolhoso e foi isolada da massa carcerária para evitar uma contaminação generalizada.
Agentes que trabalham na Colmeia confirmaram à reportagem que a detenta chegou na semana passada. Na quarta-feira (2), ela começou a apresentar problemas de pele semelhantes aos que atingem presidiários de outras unidades do DF.
Até agora, foram identificadas quatro enfermidades: escabiose, também conhecida como sarna; tinea, provocada por um fungo e causadora de erupções cutâneas em formato circular; pitiríase, que acarreta manchas e coceiras; e a furunculose, que faz eclodir furúnculos
O último balanço da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP), divulgado na semana passada, revelava que havia 2.601 detentos infectados. A maior parte dos casos se concentrava no Complexo Penitenciário da Papuda.
Na Penitenciária do Distrito Federal 1 (PDF 1), tinham sido triados 3.876 presos e 950 foram medicados. Na PDF 2, todos os internos passaram por avaliação e 480 receberam remédios. No Centro de Internamento e Reeducação (CIR), foram, respectivamente, 672 e 168. Todas essas unidades integram a Papuda. Já no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), localizado no Setor de Indústria e Abastecimento, 150 detentos passaram por triagem e quatro precisaram de medicamentos.
Ainda não há números oficiais sobre o problema na Colmeia. A preocupação agora é que a doença não se alastre. Servidores da penitenciária feminina investigam se a mulher chegou à cadeia infectada ou se contraiu o impetigo dentro da unidade.
Isolamento no CPP
No CPP, houve registro de um novo caso infeccioso. Um homem foi colocado em uma cela separada para evitar que a doença se alastrasse. Na quarta-feira (2), a diretoria do centro foi informada de que um preso da Ala F do Bloco 2 apresentava sintomas de impetigo bolhoso.
Após a publicação da matéria, a SSP encaminhou nota à reportagem confirmando os dois casos, no CPP e na PFDF. “Estão sendo tratados com uso de antibiótico. Os dois foram isolados”, disse no documento. “O procedimento de separação foi recomendado pelos médicos responsáveis pela triagem nas duas unidades prisionais”, completou.
O surto de doenças infecciosas no sistema prisional do DF foi revelado pelo Metrópoles em 13 de julho. Na ocasião, 10 esposas de detentos da Papuda relatavam ter lesões nos braços e nas pernas. Depois de pedidos da Justiça e do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), a SSP iniciou o tratamento.
Vistoria na Papuda
Na última sexta-feira (28), uma comitiva formada por representantes do Conselho de Direitos Humanos do Distrito Federal (CDHDF), da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados e do Ministério da Saúde esteve na Papuda para averiguar as providências adotadas pelas autoridades.
Apesar do tratamento fornecido nas unidades prisionais, as comissões constataram que ainda havia dezenas de presos com infecções de pele.