No acumulado em 12 meses, a taxa de crescimento dos investimentos passou de -0,8% para -1,3%
O Indicador Ipea Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou um tombo de 15,9% em janeiro ante dezembro, informou nesta quinta-feira, 1º de abril, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “O resultado sofreu influência da base de comparação elevada, devido à forte alta observada em dezembro, explicada pela importação de plataformas de petróleo e outros bens de capital de apoio à prospecção e extração de petróleo e gás natural”, explicou o Ipea em nota.
Com os dados de janeiro, o trimestre móvel encerrado naquele mês fechou com avanço de 23,5% ante o trimestre móvel imediatamente anterior. Na comparação com janeiro de 2020, o indicador teve alta de 6,1%.
No acumulado em 12 meses, a taxa de crescimento dos investimentos passou de -0,8% para -1,3%.
O Indicador de FBCF mede os investimentos no aumento da capacidade produtiva da economia e na reposição da depreciação do estoque de capital fixo. O Ipea decompõe os investimentos entre aportes em máquinas e equipamentos, na construção civil e em outros itens.
Em janeiro, o consumo aparente de máquinas e equipamentos caiu 37,1%, apesar da alta de 53% no trimestre móvel. Já a produção de máquinas e equipamentos destinados ao mercado interno apresentou estabilidade, com pequeno recuo de 0,3%, a importação teve queda de 40,5% no mês.
O Ipea destaca que embora tenham ocorrido novas importações de plataformas de petróleo em janeiro, o volume importado dos outros bens de apoio à prospecção e extração de petróleo e gás natural sofreu forte queda. No acumulado em 12 meses, a demanda interna por máquinas e equipamentos apresentou retração de 3,2%.
Os investimentos em construção civil recuaram 0,2% em janeiro, após oito altas consecutivas. Dessa forma, o segmento avançou 2,4% no trimestre móvel.
Segundo o Ipea, o desempenho positivo foi generalizado na comparação com janeiro de 2020: altas de 4,3% no componente “máquinas e equipamentos”, de 3,8% na construção civil; e de 18% nos “outros ativos fixos”.