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segunda-feira, 23/12/24
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Israel descobre gigantesca fábrica de vinho de 1.500 anos

Estima-se que a fábrica da época bizantina localizada perto da Faixa de Gaza tinha uma produção anual de dois milhões de litros

Vinhos: fábrica milenar foi descoberta por arqueólogos israelenses. (AFP/AFP)

As autoridades israelenses apresentaram nesta segunda-feira (11) os vestígios de um impressionante complexo de produção de vinho da época bizantina localizado no sul do país, perto da Faixa de Gaza, que seria o maior de sua época, com uma produção anual de dois milhões de litros.

Dentro de escavações realizadas em Yavne, uma cidade do sul de Israel que está em plena expansão, os arqueólogos desenterraram, nos últimos dois anos, um vasto local de produção de vinho de 1.500 anos. Lá, encontraram grandes prensas, milhares de fragmentos de garrafas e locais de armazenamento do vinho.

Nada indica que o local seria um vinhedo bucólico, mas sim uma verdadeira fábrica. A equipe de arqueólogos liderada pela Autoridade Israelense de Antiguidades descobriu cinco prensas de cerca de 225 m2 para amassar uvas, dois grandes barris octogonais para acumular o mosto e dois fornos de olaria para aquecer a argila das ânforas alongadas, chamadas “vasilhas de Gaza”, nas quais o vinho envelhecia.

“Ficamos surpresos em descobrir aqui uma fábrica sofisticada para produzir vinho em quantidades industriais”, declararam em comunicado conjunto os arqueólogos Elie Hadad, Liat Nadav-Ziv e Jon Selingman, que lideraram as escavações.

Naquela época, a Faixa de Gaza, um território palestino que hoje é governado pelos islamitas do Hamas, e a cidade adjacente de Ascalão, no sul de Israel, perto de Yavne, eram conhecidas pela qualidade de seus vinhos, que eram vendidos em toda a bacia do Mediterrâneo.

Além disso, graças às escavações foi possível comprovar a presença de prensas de vinho de 2.300 anos, quando o império persa aquemênida reinava em grande parte do Oriente Médio e, portanto, provar que a indústria do vinho local durou vários séculos, segundo os arqueólogos.

O complexo de Yavne será “protegido” e fará parte de um parque arqueológico que será aberto ao público, informou nesta segunda-feira a Autoridade Israelense de Antiguidades.

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