Até então, o estado de emergência estava em vigor apenas em Tóquio e outras regiões econômicas importantes do país
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, declarou estado de emergência nacional nesta quinta-feira (16), adotando novas medidas de restrição em função da pandemia do coronavírus, depois de evitá-las até recentemente.
Até então, o estado de emergência estava em vigor apenas em Tóquio e outras regiões econômicas importantes do país.
Durante coletiva de imprensa, Abe disse que pretende apresentar um projeto de lei para a distribuição de uma soma equivalente a quase US$ 1.000 para cada habitante no Japão, como forma de compensar o impacto das novas restrições, desistindo de um plano anterior que previa repasses para somente algumas famílias em dificuldades.
Durante a maior parte de março, lojas, restaurantes e escritórios no Japão ficaram abertos de modo geral, e um fim de semana estendido, entre os dias 20 e 22 do mês passado, quando muitos saíram às ruas para observar a florada das cerejeiras, parece ter contribuído para um aumento no número de infecções pela covid-19 – como é conhecida a doença causada pelo vírus.
O número de casos no Japão tem dobrado a cada oito dias e, nesta quinta-feira, ultrapassou 9.000, embora a contagem possa ter sido influenciada pela aceleração de testes realizados. Ontem, o total de mortos no país teve acréscimo de 17, o maior em um único dia, elevando os óbitos acumulados a 136.
“Precisamos fazer o que for necessário para reduzir contatos entre pessoas em pelo menos 70% e, preferencialmente, 80%”, disse Abe, apelando à população que cancele planos de viagem.
O estado de emergência vai vigorar até pelo menos 6 de maio, incluindo o período de feriados da chamada “semana dourada”, quando muitas pessoas costumam viajar de trem ou avião pelo país.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão poderá se contrair a um ritmo anualizado de 22% no trimestre atual, segundo cálculo de economistas do UBS. Fonte: Dow Jones Newswires.