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sexta-feira, 15/11/24
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Joice diz que Bolsonaro foi “ele mesmo” ao falar sobre manifestantes

“não queiram que o presidente, sendo o homem forte que ele é, acabe virando água com açúcar”, justificou a deputada

Joice Hasselmann: deputada também elogiou a postura do ministro da Educação, Abraham Weintraub (Adriano Machado/Reuters)

Brasília – A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro foi apenas ele mesmo ao dizer nesta quarta-feira que os manifestantes que saíram às ruas de todo o País para protestarem contra bloqueios de recursos para universidades eram “idiotas úteis” e “massa de manobra”.

“Quem votou no Bolsonaro sabe que ele tem um posicionamento muito firme com essas questões ideológicas. Eu não imagino o presidente mandando uma mensagem de afago e de carinho para grupos que estão fazendo movimentos de rua travestidos, embalados em uma bandeira vermelha. Ali tem muita gente que é viúva do governo passado, então não queiram que o presidente, sendo o homem forte que ele é, acabe virando um presidente água com açúcar, como ele nunca foi. Então, ele simplesmente foi o presidente Bolsonaro”, disse.

Os protestos foram realizados em, ao menos, 228 cidades em todos os Estados e no Distrito Federal. Além das manifestações, universidades e algumas escolas cancelaram as aulas.

Hassellmann elogiou a postura do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que foi questionado por deputados durante quase seis horas em uma audiência na Câmara. Ele foi convocado ontem para explicar o bloqueio de recursos para as universidades.

A deputada ressaltou a sua estratégia de blindar o ministro e disse que durante toda o dia ficou ao seu lado para dar conselhos. “Eu fiquei ali dizendo o que ele deveria ignorar e o que deveria responder. Quando o deputado o xingou, a gente ficou desenhando no papel para ele não ouvir”, disse.

Joice afirmou que a oposição saiu derrotada porque participou do movimento para desgastá-lo, mas, em sua opinião, Weintraub se saiu muito bem. A deputada negou as acusações de alguns de seus pares de que a pasta teria uma pauta ideológica.

A líder do governo também afirmou que já entrou em campo para apaziguar os ânimos dos líderes parlamentares, inclusive o líder do seu partido, delegado Waldir (PSL-GO), que quer convocar o ministro Onyx Lorenzoni por declarações dele sobre supostos interesses dos deputados no imbróglio sobre a suspensão do contingenciamento dos recursos para as universidades. “Vamos conversar com o delegado Waldir e não haverá a convocação do Onyx. Não houve mentira do governo ou dos parlamentares sobre este caso, foi um mal entendido”, disse.

 

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