A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, passará cinco dias em Paris para buscar uma reconciliação com o governo francês
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, se dirigirá nesta segunda-feira (8) para Paris, onde passará cinco dias para buscar uma reconciliação com o governo francês, após desavenças sobre um contrato de submarinos para a Austrália que turvaram as relações diplomáticas entre os dois países.
Seu avião está previsto para decolar na noite de hoje para uma visita que se estenderá até o sábado, 13 de novembro, um longo período que mostra a vontade da Casa Branca de virar a página.
As relações entre Washington e Paris se deterioramapós o anúncio de uma nova aliança de defesa envolvendoEstados Unidos, Reino Unido e Austráliano Pacífico,que arruinou um contrato bilionário de submarinos australianos que inicialmente tinha sido fechado com a França.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, também estiveram recentemente em Paris para tentar acalmar os ânimos.
Além disso, o próprio presidente Joe Biden esteve, de certa maneira, em território francês, ao se encontrar com o chefe de Estado Emmanuel Macron há 10 dias na embaixada da França na Santa Sé, em Roma.
Kamala Harris será recebida na quarta-feira (10) por Macron para conversar sobre “segurança europeia, na região do Indo-Pacífico e sobre a saúde em nível mundial”, segundo a Casa Branca.
O aumento da cooperação entre França e Estados Unidos no campo espacial também estará no roteiro da visita, segundo um comunicado publicado sobre o encontro entre Biden e Macron.A vice-presidente, que viajará acompanhada de seu esposo Doug Emhoff, também visitará o cemitério militar americano de Suresnes, perto de Paris.
Em 11 de novembro, dia dos veteranos nos Estados Unidos, Harris participará das cerimônias de comemoração do armistício de 1918, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial. No mesmo dia, a líder americana também marcará presença no Fórum de Paris pela Paz, organizado por Macron.
Já no dia 12, Kamala participará da conferência internacional sobre a Líbia, um encontro para preparar a eleição presidencial de 24 de dezembro no país africano, que deverá ser seguida de eleições legislativas um mês depois. Esses pleitos têm como objetivo acabar com uma década de caos na Líbia, após a queda do regime de MuammarKadafi em 2011.