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segunda-feira, 23/12/24
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Lula diz que Ribeiro foi ‘mau ministro’, mas critica sua prisão: direito à defesa é valor monumental

De acordo com petista, para prender alguém, tem que haver provas. Ao mesmo tempo, ex-presidente criticou gestão Bolsonaro na Amazônia e afirmou que em vez de motociata em Manaus, o mandatário deveria ter encontrado a família do indigenista Bruno Pereira.

© Folhapress / Marlene Bergamo
Nesta quinta-feira (23), o ex-presidente Lula (PT) reprovou a forma como o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi preso pela Polícia Federal ontem (22).
Apesar de considerar que Ribeiro “foi um mau ministro”, o petista acredita que para prender alguém tem que ter “apuração, prova, você não pode prender porque vai prender”, segundo o jornal O Globo.
“A prisão depende de apuração, de prova. Você não pode prender porque vai prender. Não. Você tem prova contra o cidadão? Está provado que ele roubou? Você faz um processo e aí a Justiça decide se vai prender ou não. Eu defendo o direito à defesa para todo mundo. O direito à defesa é um valor monumental da democracia neste país. Eu não sei se (ele) já foi investigado, se tem uma autorização da Justiça para prender. Mas que ele foi um mau ministro da Educação, ele foi”, declarou Lula.
A declaração foi dada durante entrevista à rádio Difusora de Manaus (AM), onde o ex-presidente discorreu sobre temas como a Zona Franca de Manaus, que prometeu não alterar se for eleito em outubro, disse que “faria novamente a usina Belo Monte”, obra questionada por ambientalistas, e criticou especialmente o desmonte da Funai e a gestão de Bolsonaro na região amazônica.
Para Lula, Bolsonaro deveria ter visitado familiares do indigenista Bruno Pereira, assassinado no Vale do Javari junto do jornalista britânico Dom Phillips, e visitado a região, em vez de promover um passeio de moto durante visita a Manaus.
Segundo a mídia, o ex-presidente também prometeu que não haverá garimpo em terra indígena sob seu eventual governo, e que vai avançar na demarcação de terras indígenas, em uma guinada na atual política ambiental e indígena do governo federal.

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