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quarta-feira, 27/11/24
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Macron visita Calais, símbolo dos conflitos migratórios na França

 

Macron pedirá ajuda ao Reino Unido para melhorar as condições na região de Calais

O presidente da França, Emmanuel Macron, se comprometeu nesta terça-feira a redobrar os esforços contra a imigração ilegal, evitar o surgimento de novos acampamentos de refugiados no país, e melhorar as condições de acolhimento e de tramitação das solicitações de asilo.

Após visitar um acampamento em Calais, onde há pouco mais de um ano foi desmontado o maior “povoado” de imigrantes da Europa, que ficou conhecido como a “selva”, Macron manteve um discurso firme, ao mesmo tempo em que anunciou que os imigrantes serão tratados com “humanidade”.

Muito criticado pelas associações humanitárias, o presidente francês afirmou não ser possível melhorar a situação dos imigrantes “com discursos de boa consciência”, e anunciou mais envolvimento do Estado para melhorar as condições de acolhimento.

A partir de agora, o Estado será o responsável por alimentar os imigrantes, um trabalho que até o momento era feito por associações humanitárias.

Macron pedirá ajuda ao Reino Unido para melhorar as condições na região de Calais, que o presidente francês definiu como o centro de passagem dos imigrantes com destino a esse país, que não têm vontade de permanecer na França.

Alinhado com o projeto de lei sobre imigração preparado pelo governo, Macron se comprometeu a “receber todo o mundo”, a reduzir os prazos de análise das solicitações de asilo, a proteger quem receber aprovação, mas também a expulsar os rejeitados.

“É necessário garantir o retorno de quem não têm nenhuma possibilidade de se integrar na Europa”, disse o presidente francês, que exigiu maior controle das fronteiras em nível continental, uma convergência na política de direito a asilo e um sistema único de controle, para o que ele acredita ser necessário criar um escritório europeu de asilo.

Diante da saída do Reino Unido da União Europeia, Macron garantiu que não permitirá que Calais se transforme em uma “falsa porta de entrada” para a ilha britânica e que manterá o fechamento das fronteiras à imigração ilegal.

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