Segundo Samantha Oliveira de Sousa, médicos disseram que Vitória pode estar com morte cerebral. Ela pede que motorista se entregue à polícia.
A menina Vitória de Oliveira, de 4 anos, não reagiu após entrar em coma, na última quarta-feira (17), quando foi atropelada no Núcleo Rural Rajadinha, na região do Paranoá, no Distrito Federal. A informação é da mãe da criança, a dona de casa Samantha Oliveira de Sousa, de 29 anos.
Na hora do acidente, Vitória andava de bicicleta na DF 130. Nesta sexta-feira (19), a mãe disse que recebeu dos médicos do Hospital de Base a informação de que a filha está com suspeita de morte cerebral.
“A princípio, ela está com morte encefálica. Exames estão sendo feitos, mas ela não está reagindo à medicação”, disse a mãe.
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) informou que o Hospital de Base – onde Vitória está internada – já realizou um exame às 12h30 desta sexta. “Um segundo teste deve ser feito nas próximas horas pelo médico responsável pelo procedimento, que já foi acionado”, aponta o Iges, por meio de nota.
Samantha também pediu ao motorista que atropelou Vitória que se entregue à polícia (veja mais abaixo). Ele fugiu após o acidente e ainda não foi identificado.
A dona de casa contou que a filha mais velha, de 7 anos, está em choque. “Ela pergunta o tempo inteiro pela irmã. Ela tentou segurar a irmã e foi a única que viu a Vitória saindo. Ainda correu atrás e tentou segurá-la”, explicou.
Na tarde de quarta-feira, Vitória e a irmã estavam aos cuidados de um tio. A mãe havia ido ao Hospital de Planaltina levar roupas para o pai, que está internado.
Apelo ao motorista
Até a última atualização desta reportagem, o motorista que atropelou a criança não havia sido identificado. Testemunhas disseram que ele dirigia uma caminhonete de cor prata.
Câmeras de segurança de um condomínio próximo ao local do acidente registraram a passagem de três caminhonetes da mesma cor. A 6ª DP (Paranoá) está com as imagens.
A família afirma que Vitória estava no acostamento da via. “Ela não chegou a entrar na pista, ela tava no acostamento. Então quem poderia dar mais detalhes seria ele [o motorista]. A gente pede que ele se apresente. Será que ele não tem amor por nenhuma criança? Não sabe qual é a alegria de acordar com o bom dia de uma criança?”, disse a mãe de Vitória.
Samantha, que está grávida de 6 meses, fez um apelo ao motorista
“Nossa indignação não é ele, infelizmente, ter atropelado ela. Porque eu dirijo, o pai dela dirige, ninguém está livre de um acidente. [A indignação] é dele não ter parado e não ter prestado socorro. Que ele se sensibilize e procure uma delegacia”, pede a mãe.